31 de maio de 2010

Felicidade para nossos filhos...

A gente lê lê e lê mil artigos e dicas sobre como fazer de nossos filhos pessoas felizes...   

Não cabe aqui a demagogia de dizer que seremos pais perfeitos e que seguiremos "ípice-líteris" todas essas dicas e que, dessa forma, garantiremos a felicidade de nossos filhos.

Garantir, garantir, garantir... a gente sabe que não há artigo, dica ou passo-a-passo que garanta, mas claro que a gente vai sempre... por toda vida... tentar tentar e tentar... esses 12 passos e tudo o mais que houver para vermos nossos filhos felizes... sempre.... 

 

12 passos para garantir a felicidade do seu filho

1 Ensine-o a agradecer

Seu filho deve ser grato pelo que tem (sejam pessoas ou objetos) e mostrar reconhecimento pelos outros.

2 Cultive o otimismo

Faça-o olhar sempre o lado bom das situações. Se quiser, escrevam um diário juntos, contando as coisas boas do dia.

3 Evite comparações

Quando vir a criança se comparando com o colega, distraia-a com outras atividades. Se ela ficar frustrada, repita que cada um é bom em algo diferente e ressalte as qualidades dela.

4 Aposte em gentilezas

Pode ser para o amigo, o avô, o primo ou até um desconhecido. No começo, você vai precisar “forçar” o seu filho a ser agradável. Depois, acontecerá naturalmente.

5 Conserve relacionamentos

Incentive-o fazer muitos amigos e ajude-o a cultivá-los.

6 Descubra coisas que ele gosta de fazer

Deixe-o se concentrar em algo que lhe dá prazer a ponto de se esquecer do mundo.

7 Reviva os momentos bons da vida 

Ele curtiu a excursão da escola?

Peça-o para desenhar algumas situações, reveja fotos, escreva etc.

8 Trace objetivos

Pergunte duas ou três coisas que seu filho gostaria de ter e o ajude a definir metas para chegar ao objetivo, mesmo que seja só uma bola nova ou uma nota maior na prova de português.

9 Desenvolva estratégias para superar crises 

Se a criança passar por algum estresse ou trauma, ajude-a a se concentrar em vencer a situação, e não ficar ainda mais deprimida com ela.

10 Pratique o perdão 

O colega mordeu seu filho? Resista ao ímpeto de mandá-lo morder de volta. Ensine-o que ele deve encarar o menino e dizer que não gostou do que aconteceu, mas que está desculpado.

11 Pratique a espiritualidade 

De acordo com suas crenças espirituais, ainda que elas não envolvam nenhum tipo de deus, desenvolva com a criança situações em que ocorra a discussão sobre as dimensões da vida, e parem para apreciar as maravilhas ao seu redor.

12 Mostre a importância do corpo

Mesmo se a criança não gostar da educação física, precisa entender que o esporte faz bem para a saúde. Um corpo são vai ser ferramenta de muitos sorrisos. 

(fonte: Revista Crescer)

28 de maio de 2010

PP: Cocoricóórrrrrrrrr

***** Texto registrado em 07/04/10 - Pissuca tinha 1 ano e 4 meses *****

Tudo que a Julia vê de vermelho ela chama de cocoricó... por causa da galinha vermelha da fazendinha do banheiro (e fala bonitinho enrolando a língua no final com sotaque de caipira: cocoricóoooooorrrrrrrrrrrrr).

Daí saindo da creche vem vindo uma moça com um guarda-chuvas vermelho aberto.... Ela então aponta pra moça, encara e fala bem alto: “cocoricóooooooooooooorrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr! “

Afff. Quase enterro minha cara na calçada....

Ok ... ok.... toda criança envergonha a mãe... (eu mesma.. ai... coitada da minha mãe, tenho cada história de arrepiar os cabelos das mães mais caras de pau). Mas não tá muito cedo não minha gente?! Ela nem fala direito e já começou a me envergonhar .. Ainda bem que eu ainda não ensinei a ela o nome do bicho! UUUUiiiii

Santo Saco! rs...

E... falando em sling... tenho que dizer... usei muuuuito.... e recomendo!
Dica da minha cunha, mãe de 2 quase-gêmeos...


*** Texto registrado em 28/02/09 - Pissuca com 3 meses ***

Graças ao Sling eu consigo sair para resolver as coisas, ir ao supermercado, andar no shopping e etc... E ela se adaptou muito bem e sem problemas... comecei a usar assim que ela completou 2 meses (esperei ela ficar com o corpinho mais durinho, mas tem gente que começa a usar já no 1º mês, mas eu não tive coragem) e agora com ela com 3 meses eu faço tuuuuuudo com ela pendurada em mim.

E ela adora .... rapidinho dorme. Chegou a dormir 4 hs seguidas no shopping.

O engraçado é o olhar das pessoas... fica todo mundo olhando e apontando como se fôssemos mamãe e filhinha extraterrestres! Kkkk

No 3º mês: SER MÂE É ... Dominar a arte de fazer tudo com uma mão só

*** Texto registrado em 12/02/09 - Pissuca no 3º mês de vida ***
Mamãe no 3º mês: SER MÃE É... Dominar a arte de fazer tudo com uma mão só  porque a outra está segurando a bebê no colo

Pissuca só quer ficar no colo... O teeeempo todo ... e só no MEEEEU colo. Misto de orgulho e preocupação, já que na creche ela não vai me ter lá e também ninguém vai ficar com ela no colo o tempo todo...

Bom... mas já que o colo é inevitável nesse momento... já estou acostumando ela no sling e está funcionando!!!!

25 de maio de 2010

Ainda sobre Sinequia dos Pequenos Lábios e a relação médico-paciente ...

E veja só! Um médico foi condenado por ter "acusado" uma mãe de falta de higiene num diagnóstico de Sinéquia de Pequenos Lábios...
...
...
Isso aconteceu em.... Lisboa!
Mas veja há quanto tempo atrás.....


Segunda-feira, Abril 19, 2004


"... a condenação do Dr. F. na pena de censura ..."

"1. No dia 16.12.03 o Conselho Disciplinar Regional do Sul da Ordem dos Médicos proferiu despacho de acusação contra o médico Dr. F, nele se dizendo o seguinte – e passamos a transcrever:
2. No dia 18.01.01 a participante, Senhora D. M., levou a sua filha C. à consulta de pediatria, do Centro de Saúde S.
3. A criança tinha ido previamente à consulta de clínica geral, tendo sido encaminhada para a consulta de pediatria por "aparente sinéquia dos pequenos lábios".
4. Na consulta de pediatria foi atendida pelo arguido que considerou tal sinéquia como indiciando negligência nos cuidados de higiene e falta de atenção da mãe, opinião essa que, em tom ríspido, ele comunicou à participante.
5. Tal opinião, nas circunstâncias em que foi emitida, era claramente abusiva, visto o arguido estar a condenar sumariamente a participante, sem atender a outras causas possíveis (...).
6. Para além disso o arguido optou pelo desbridamento físico da sinéquia da criança, provocando-lhe bastante dor e desconforto, quando é certo que o tratamento mais adequado e menos doloroso para a criança teria consistido na aplicação de creme com estrogénios durante uma semana (...).
7. Acresce que o arguido, talvez por se ter incompatibilizado com a participante logo no início da consulta, não perdeu grande tempo a explicar à queixosa o que se propunha fazer, não tendo, por conseguinte, obtido o seu consentimento informado.
8. Com base nos factos acabados de expor, o Colégio da Especialidade de Pediatria, no seu parecer de 17.08.01, considerou o seguinte – e passamos a transcrever:
a) «As aderências dos pequenos lábios são frequentes em crianças com menos de 6 anos e resultam de inflamação local associada ao estado hipo-estrogénico da pré-puberdade. A situação resolve-se geralmente de forma espontânea com a acidificação do pH vaginal, na puberdade. O tratamento de escolha consiste na aplicação de creme com estrogénios durante 1 semana. A separação mecânica das aderências só está recomendada se esta parecer fácil e não causar trauma significativo».
b) Não há informação clara sobre a necessidade de optar pelo desbridamento físico da sinéquia, e parece ter havido algum desconforto para a criança e para a mãe.
c) Não parece ter sido explicado à mãe a natureza do problema antes do tratamento realizado, nem colocadas as alternativas terapêuticas ou solicitado o seu consentimento explícito, ainda que verbal, para o tratamento.
d) Foi feito o diagnóstico, aparentemente sumário, de negligência de cuidados de higiene, numa situação em que havia outras causas possíveis (défice relativo de estrogénios, por exemplo).
e) Pelos motivos expostos considera-se que o Dr. F. praticou um acto terapêutico tecnicamente aceitável, embora não tenha considerado, outras opções porventura menos desconfortáveis para a criança não explicou previamente à mãe o procedimento nem obteve o seu consentimento informado, e formulou um juízo etiológico não fundamentado. Assim, parece algo questionável o comportamento do clínico no contexto descrito.
(vide parecer do Colégio de Pediatria folhas 4 a 6 dos presentes autos).
9. Atendendo ao exposto, violou o arguido os artigos do Código Deontológico que passamos a enumerar:
a) Artigo 26 do Código Deontológico, porque não prestou à doente os melhores cuidados ao seu alcance;
b) Artigo 27 do Código Deontológico, porque no exame clínico da criança não tomou em consideração a sua idade e sexo;
c) Artigo 43 do Código Deontológico, porque deveria ter usado de particular solicitude com a criança (…)
d) Artigo 38 do Código Deontológico, porque não esclareceu convenientemente a mãe da criança, acerca do problema da criança e do tratamento que pretendia realizar, não tendo posto à consideração da participante as alternativas terapêuticas existentes, nem solicitado o seu consentimento explícito.
(estivemos a transcrever trechos do despacho de acusação)
10. Apesar de regularmente notificado da acusação, através de carta registada com aviso de recepção, o arguido não apresentou qualquer defesa, sendo de presumir que nada tinha a acrescentar aos esclarecimentos já por si prestados.
11. Assim sendo, não apresentou o arguido qualquer facto ou argumento novo que fizesse a relatora do presente processo mudar a sua opinião já expressa no despacho de acusação.
12. Atendendo ao exposto, propomos ao Conselho Disciplinar Regional do Sul a condenação do Dr. F. na pena de censura, nos termos do artigo 16 do Estatuto Disciplinar dos Médicos.

Lisboa, 10 de Fevereiro de 2004"

Processo Disciplinar n.º 12102 RELATÓRIO FINAL, in Revista ORDEM DOS MÉDICOS, Março 2004.
(http://medicoexplicamedicinaaintelectuais.blogspot.com/2004/04/condenao-do-dr-f-na-pena-de-censura.html)

Sinéquia dos pequenos lábios

Esse é um post, digamos... de utilidade materno-pública.

A idéia é falar um pouco sobre essa disfunção, principalmente porque aconteceu com uma mãe conhecida minha e eu achei simplesmente um absurdo a forma como foi passado para ela o que estava acontecendo com sua filhinha.
A questão é que eu tenho percebido em diversos casos que fico sabendo, uma total insensibilidade por parte dos profissionais médicos desse país, o que me deixa até muito mais triste do que propriamente indignada, já que quando procuramos esses profissionais normalmente estamos numa situação fragilizada e, além, é claro, do diagnóstico médico, procuramos também apoio e suporte (de certa forma emocional também .. por que não?).

Bem, essa minha conhecida me procurou ontem perguntando-me se eu sabia o que era sinéquia dos pequenos lábios (eu, na verdade tinha ouvido falar, mas a muito tempo atrás e não sabia exatamente o que era) e me disse que sua filhinha (quase da idade da minha Pissuca) estava sofrendo com essa disfunção, que é a aderência dos pequenos lábios. 
Ela estranhou o fato da filhinha não fazer xixi, percebeu a aderência e a levou imediatamente a um pediatra. Esse pediatra, chegou a dar-lhe um esporro, dizendo que isso havia acontecido por falta de higiene... Imagina isso? Imagina o que é para uma mãe, já aflita, ouvir isso de um médico? Nós, mães, já nos sentimos culpadas por qualquer arranhãozinho sequer que nossos filhos tenham, imagine num caso desses? 

Fiquei tão chocada e tão impressionada (afinal, tenho uma bebezinha quase da mesma idade), que logo que cheguei em casa fui pesquisar sobre o assunto. Não conseguia conceber que tal coisa ocorreria por "simples" (entre-aspas, porque a gente sabe a importância da higiene dessas partes, principalmente no caso de meninas) falta de higiene. E que falta de higiene seria essa que causaria algo desse tipo? Fiquei pensando: "gente, mas antes de acontecer algo assim, não seria mais lógico que ela tivesse antes, pelo "menos", uma infecção urinária?"
Bem... fui então começar minhas costumeiras buscas na net. E o que encontrei sobre o assunto foi:

Sinéquia dos Pequenos Lábios:

"... uma disfunção, que pode acometer meninas até por volta dos dez anos de idade: a aderência dos pequenos lábios vaginais.
As causas do problema, que é mais freqüente em bebês de até um ano e meio, ainda não são totalmente conhecidas, mas são relacionadas à baixa produção de estrogênio -natural nessa fase da vida. "Esse hormônio atua em todas as camadas da pele e melhora a vascularização da região", explica a ginecologista Marair Gracio Sartori, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
Com o hipoestrogenismo, a região fica mais vulnerável à má cicatrização, o que pode fazer com que os lábios grudem. "Quando ausente [o hormônio], favorece-se a irritação ou um processo infeccioso na área", diz a ginecologista Mônica Lopez Vazquez, presidente do departamento de ginecologia da SBP-SP (Sociedade Brasileira de Pediatria-regional São Paulo). 
Infecções crônicas por causa de higiene inadequada, traumas na região (como pequenas batidas) ou dermatites -causadas pela fralda ou pela calcinha- podem gerar pequenas feridas e favorecer a aderência. "Os pequenos lábios das meninas são internos, diferentemente dos das mulheres adultas, mais exteriorizados, e isso também facilita a sinequia", diz Luiz Cervoni, pediatra e diretor clínico do Hospital São Luiz-Unidade Anália Franco.
Assim, os pais devem ficar atentos a qualquer irritação na região. "Deve-se buscar o médico para identificar o causador da irritação e tirá-lo de cena", aconselha Vazquez. Ainda que uma infecção não leve, necessariamente, à fusão dos lábios vaginais, geralmente esse problema surge de um quadro irritativo."
(fonte: Folha Online - coluna Equilíbrio e Saúde http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u392967.shtml)


"É uma aderência entre os pequenos lábios da vagina, tapando o introito vaginal. É muito frequente na infância e muito fácil de resolver, no consultório do especialista: depois da aplicação de uma pomada anestésica, os pequenos lábios são descolados com uma pequena tracção. Depois, é preciso aplicar uma pomada antibiótica e anti-inflamatória, para impedir que os pequenos lábios voltem a colar, durante o processo de cicatrização. A solução é semelhante à usada para as aderências balanoprepuciais dos rapazes."

(fonte: site Urologia Pediatrica http://www.urologiapediatrica.com.pt)

Pelo que eu entendi, é uma disfunção fisiológica (não sei se é esse bem o termo), mas algo que tem como fundo uma disfunção hormonal e não somente pela falta de higiene. Imagina você, como mãe, ouvindo um pediatra lhe dizendo em tom de "lição de moral" que vc não cuida direito da sua filha e por isso ela agora está assim? Deus do céu! Diga-me se não é muita insensibilidade? Mesmo se esse fosse o caso (o que não é, pois esse é um problema causado por disturbio hormonal, como já citei), tenho certeza que existiria uma forma menos agressiva de explicar a situação. 

Dentre as minhas pesquisas, veja uma resposta online a uma mãe que fez o questionamento sobre o assunto. Perceba a diferença... 

"Cara E., o problema que você descreve é conhecido como sinéquia dos pequenos lábios vaginais, comum na faixa etária da sua filha, e causada pela baixa atividade hormonal típica desta idade. O tratamento correto é o que lhe foi proposto, e baseia-se na aplicação local de pomada com hormônios, no sentido de tentar desfazer a aderência dos pequenos lábios. Fique tranqüila, pois na quase totalidade dos casos, com o tempo a sinéquia se desfaz e tudo fica normal. Boa sorte."
       (fonte: Revista Crescer - coluna: As dúvidas das internautas sobre o saúde infantil)

Assim que terminei a pesquisa e entendi (e me convenci) sobre do que se tratava, corri aqui para  escrever esse post e estou agora rezando para que ela leia e eu possa de alguma forma aliviar o coraçãozinho dessa mãe, que, com toda certeza, deve estar super pesado.

Fica aqui também um alerta (senão um pedido) por maior sensibilidade por parte dos profissionais médicos... não é a primeira vez que ouço coisas desse tipo... De repente (esperemos!), o novo Código de Ética Médica, que entrou em vigor agora em abril, possa contribuir nesse ponto. Num artigo sobre o novo código, li a seguinte observação:
“Não existe mais espaço para médicos autoritários, prepotentes, arrogantes”
“O médico tem de ser absolutamente atencioso, zeloso, diligente ..."  
... declara Roberto d’Ávila, presidente do Conselho Federal de Medicina. 
Humpft! Vamos ver né... essa é a promessa... pelo menos agora temos ao nosso lado algum instrumento legal!

20 de maio de 2010

A saga da creche - último post da Trilogia!

Fechando a Trilogia: A escolha da creche...
Primeiro postei sobre o método (que foi o que começou o assunto... rs...), daí postei o checklist... agora... vem a parte dolorida da história. A bendita adaptação.

Bem.... Todo mundo tem suas convicções na vida.. e mães, particularmente ANTES DE SEREM MÃES, também têm as suas. Convicções essas que na época (antes de sermos mães) são verdades absolutas e que - acreditem! - depois que viramos efetivamente mães, acabamos pagando a língua!

Então... eu sempre achei melhor colocar na creche e não deixar com vó ou outro parente (e enfim, isso não é mesmo opção já que minha família está a alguns kms de distância), e muito menos deixar com alguém em casa (a gente vê e ouve cada história horripilante de maus tratos, abusos.. aiii), principalmente porque sempre acreditei que o contato com outras crianças só podia fazer bem no sentido de estimulação, sociabilidade, etc.
Ok... essa parte da convicção eu mantive (sim realmente acredito firmemente que creche é muito melhor)... O que me queimou a língua foi apregoar por aí que não teria dificuldade nenhuma... que seria para o bem do filho e isso facilitaria tudo e bla bla bla...

Hum-rhum! Pois bem... segue a descrição de toda a saga... percebam que a adaptação foi mais minha do que dela... e o sofrimento foi muito mais meu! Foi o que considero a 2ª grande separação (a primeira foi quando ela foi dormir sozinha no quarto dela... rs ... claro sem contar com o corte do cordão umbilical, né?!).

**** Dia da Matrícula - Texto registrado em 15/06/09 - Pissuca com 7 meses ***

A adaptação começa amanhã mas já chorei hoje. Cheguei em casa e fui ninar ela pra dormir com o coração tão apertaaado! Acabei deixando ela a soneca toda no meu colo.
Definimos depois de muito procurar... (procuramos umas 6 creches) com um checklist na mão!


**** 1º dia adaptação na creche (1 hr) (A 2ª grande separação) - Texto registrado em 16/06/09 ****

Entrou sem chorar

Voltou c/ olhinho de choro mas com muito soninho chegou em casa ja dormindo.

Veio p/ meu colo s/ dar muita ideia p/ tia nao (meio chateadinha).

E ainda, pela primeira vez foi sozinha atrás no carro e ficou super bem. Tantas mudanças pra minha Pissuca....

E pra mim também...começou o 2º grande momento de separação


**** 2º dia adaptação na creche (2 hr) - Texto registrado em 17/06/09 ****

Também não chorou para entrar

Recebeu a colacao bem (90ml) e tomou até um banhinho lá. Voltou c/ soninho de novo e com olhinho de choro mas menos chateada. Veio p/ meu colo mas já brincou com a tia e sorriu.

Eu, quando a peguei no colo, não agüentei. Chorei.


*** 3º dia adaptação na creche (até o almoço - 3hs) - Texto registrado em 18/06/09 ****

Entrou sem chorar e até dormiu uns 20 mins e almoçou metade do prato.

Desceu logo depois do almoço. Tava com o olhinho de choro mas também riu pra tia.

Me abraçou, beijou, chamou pra brincar ("kkkrrrr" E.t.: barunhinho que ela fazia chamando a gente pra brincar - coisas que papai ensina!)... Com saudades a bichinha.... Quase chorei de novo.


****4º dia adaptação na creche (até o lanche da tarde - 6hs) - "Pior" dia! - Texto registrado em 19/06/09 ****

Fiquei conversando antes dela entrar aí ela deu uma choramingadinha querendo voltar pro meu colo, mas não chegou a chorar.

Dormiu quase 1 h e almoçou metade do prato.

Ai... ela quando me viu, chorou emocionada abrindo os bracinhos na minha direção. Ai.. acabou comigo! Aí chorei de verdade. A diretora disse que é normal... pelo tempo que ficamos longe. Realmente nunca ficamos tanto tempo longe. Ai que dor do coração.
 

**** 5º dia adaptação na creche (até o lanche de novo, depois do fim de semana) - Texto registrado em 22/06/09 ****

Bom... ela ficou bem! Foi tranqüila e voltou tranqüila também...


**** 6º dia adaptação na creche (o dia todo!) - Texto registrado em 23/06/09 ****

Hoje a Pissuca acordou super zen... ás 6hs sem chorar... brincando sozinha no berço... foi o trajeto todo cantando no carro.

Deixei ela na creche e tomei coragem de, pela primeira vez, ficar o dia todo fora de lá (mas ligando toda hora... é claro). Passei o dia olhando salão de festas pro aniversário de 1 ano dela.

Caraca... sentimento muito louco... no shopping, quando tinha um bebe chorando, no mesmo instante vinha aquele pensamento na Júlia... se ela tava chorando e eu não estava com ela....

Ela ficou muito bem hoje também...

Fomos buscar papai no aeroporto ... direto da creche... E ela se comportou super bem sozinha na ida e brincou a volta toda com papai.

E para coroar...  Dormiu a noite tooooooda (1a vez desde que era recém-nascida)


**** Entrevista Psicopedagoga Creche -  "Mamãe sumiu : mamãe não existe!" - Texto registrado em 23/06/09 ***
 
Bom... ela explicou mais detalhadamente como é a metodologia Montessoriana... falou sobre os tais vilões das creches (as muitas fraldas, as roupinhas que podem ser trocadas e as mordidas... RS).

Da Júlia, ela falou que já a observou esses dias e que é uma criança super receptiva ao novo, não estranha, não chora muito – só o normal de bebê (- NÃO CHORA MUITO????), prova de que ela está ótima é que ela está comendo bem, dormindo bem... (- ISSO É VERDADE, FIQUEI UM POUCO MAIS TRANQUILA QDO ELA DORMIU A PRIMEIRA VEZ LÁ... POIS DEVE SER UM SINAL DE CONFIANÇA NO AMBIENTE, NAS PESSOAS, SEI LÁ... OU, SEGUNDO O ANDERSON, SIMPLESMENTE CANSAÇO MESMO...O QUE TBEM NÃO É RUIM.. SINAL DE QUE ESTÁ APROVEITANDO ).

Ela me falou pra eu não me preocupar com esse negócio do apego que ela tem por mim pois nessa fase, mamãe sumiu – mamãe não existe! (ISSO REALMENTE ME FEZ SENTIR MELHOR!!!)

Checklist para escolha da creche

Então... fiz esse checklist na época que estava procurando a creche para a Júlia com base em pesquisas (claro!) e de preocupações e cuidados com ela que eu tinha em casa mesmo .. os itens estão ordenados mais ou menos por ordem de prioridade (mas lógico que alguns itens são preferenciais, nem todos são impeditivos, né? vai aí do bom senso e do bom e velho prós-e-contras).
O processo de procura durou mais ou menos 2 semanas e eu comecei a procurar, já considerando que ela começasse mais ou menos 2 semanas antes de eu voltar a trabalhar, para poder fazer a adaptação com calma, sem pressa, no tempo dela. (no final, a adaptação foi mais minha do que dela pra falar beeem a verdade e esse será o assunto do próximo post hehehehe).

******************************************************************************

Horário de saída/entrada (período de permanência)
* E.t.: tinha a necessidade que fosse mais de 8hs (no mínimo 10hs) pois preciso contabilizar o tempo no trânsito entre deixá-la e ir/voltar do trabalho.
* o horário para buscar considerando o horário de saída do meu trabalho

Localização (caminho do trabalho? perto de casa? perto do trabalho?)
*E.t.: inicialmente pensei em deixá-la numa creche perto do meu trabalho pensando que, se acontecer qualquer coisa, eu poderia chegar o mais rápido (devido a indisponibilidade do meu marido de sair do trabalho), mas avaliando melhor... pego muito trânsito pro trabalho (cerca de 1h a 1h30), ou seja... sem chance manter um bebê amarrado num bebê conforto por todo esse tempo: o resultado seria stress total e absoluto dela (choro choro choro berro berro berro) e meu. Com isso, mudei de idéia... e já comecei procurando perto de casa mesmo e foi A MELHOR COISA QUE EU FIZ.
* ser localizado no caminho do trabalho era preferencial por uma questão, claro, de economia de tempo.

Quantos bebês por berçarista (qual a formação)
 - 1 profissional para cada 3 bebês (* isso é lei!)
 - formação pedagógica? enfermagem? algum treinamento?

Reação dos bebês
 - muitos bebês chorando?
 - ocupados brincando?
 - sorrindo?

Como é a rotina?
 - horario das refeições, do sono, do banho, das atividades 
   *E.t.: já tinha pêgo o bizu com a minha cunhada (mãe de 2 quase-gêmeos) sobre a rotina de creche e, desde que tinha começado com as papinhas em casa já tinha acostumado ela na mesma rotina de sonecas, banhos e refeições que as creches costumam utilizar... acho que isso também ajudou na boa adaptação dela)
 - tem atividades pedagógicas? de estimulação? aulas de psicomotricidade? horário para tomar sol?
 - o que fazem na maior parte do tempo?

Espaço
 - local de refeição e higiene separados?
 - local de descanso e higiene separados?
 - local de descanso e atividades separados?
 - berço individual?

Higiene
 - dos trocadores
 - do local das refeições
 - do local de banho
 - das berçaristas
 - dos brinquedos (limpos?)

Segurança
 - tem acesso a escadas?
 - janelas
 - berço (grades estreitas? colchão baixo?)
 - do local da banheira (fixa?; se alto, tem segurança?)
 - do solarium
 - quinas e tomadas
 - material perigoso no ambiente das atividades?

Tem pediatra?

Como é a dieta? Posso interferir no cardápio?

Comportamental
 - se chorar querendo colo, qual o procedimento?
 - se sentir sono, dorme ou só dormem todos juntos?

Como é a adaptacao
 - quantos dias?
 - quantas hs/dia?
 - fico junto? *E.t.: então... esse ponto é controverso, algumas creches faziam comigo junto, outras diziam que não adiantava ficar com a mãe junto e que se fosse assim não seria adaptação. Confesso que eu preferia mil vezes ficar junto-grudada-colada, mas a diretora da creche que eu escolhi me convenceu que seria melhor não ficar junto, mas por perto. Como a adaptação lá era bem gradual (tipo 1 horinha no primeiro dia, 2 horinhas no segundo dia e ia indo aumentando o tempo gradualmente conforme as reações dela e eu sempre ali perto caso houvesse alguma reação muito negativa por parte dela), então corcordei e foi bem tranquilo (para ela, porque foi mesmo mais difícil pra mim)

O que levar todos os dias e o que deixar lá?

Minhas percepções gerais (o que diz meu coração):
 - Consegui visitar sem agendar antes? 
   *E.t: sim, porque de surpresa é mais confiável, né não?
 - Senti confiança?
 - Me senti bem? Imagino ela brincando ali?
 - Sinto que vai ser tão bem cuidada quanto em casa? (na medida do possível)

Monitoração online????
*E.t.: bem, esse item nem estava inicialmente no meu checklist, mas uma das creches que eu visitei tinha esse "plus-a-mais".. na hora fiquei encantada com o recurso... imagina só que maravilha??? Poder estar todo o tempo vendo o que ela está fazendo, vendo ela dormindo, ela brincando... ? O tempo todo? Vendo ela dormindo (e se não estivesse conseguindo dormir e não estando lá para niná-la?). Vendo ela brincando (e se estivesse chorando)? Vendo tudo? O tempo todo? Não não... obrigada! Das duas, uma: ou seria demitida ou internada (não-necessariamente-nessa-mesma-ordem!)

Escola é escolha!

Neste último sábado, fui a mais uma reunião de pais na creche da Julia, receber a 1ª avaliação trimestral desse ano. Tudo ok... nenhuma nota vermelha, nenhuma advertência - aluna nota 10!!!!
Brincadeirinha, claro.... as avaliações são qualitativas, mas super legais pois dão um retorno sobre como ela evoluiu nesse último período com relação a aspectos socio-afetivos, psicomotor, de vida prática, linguagem.

Bom... nessa última reunião eles fizeram uma apresentação de como funciona o método montessoriano, daí o assunto desse post.

Confesso que, quando fui procurar uma creche pra Júlia, não me preocupei muito com o método não... minha preocupação era mais com o espaço e a rotina da creche (além, é claro, das questões logísticas como horários, facilidade de acesso, se no caminho do trabalho, e o preço também né?). Enfim, fiz então um checklist com os aspectos que eu avaliaria em cada creche e saí em busca. Visitei umas 5 ou 6 e ao chegar na Aldeia (a creche escolhida), o que me chamou atenção foi mesmo o espaço que era excelente, os itens prioritários do meu checklist foram contemplados e as questões logísticas também foram atendidas... ou seja, havia encontrado a creche perfeita para as minhas necessidades (além de um item importantíssimo: tanto eu quanto meu marido, os 2, gostamos da creche... só por isso já era motivo para ser a escolhida... sempre eu gostava de uma coisa mas ele nao gostava de outra, enfim... contradições normais de marido-mulher que têm opiniões próprias) e o fato dela seguir o método montessoriano foi sorte... pura sorte ou a mãozinha do anjinho da guarda da Julia (ou será que atendia a todos os itens justamente por isso? tostines-rende-mais-porque-é-fresquinho-ou-é-fresquinho-porque-rende-mais?).

Enfim... a verdade é que nem sequer sabia da existência desse método, muito menos como funcionava. Durante a visita a diretora explicou por alto e me deu umas referências de pesquisa, mas um ponto específico me assustou um pouco: as crianças não eram agrupadas por faixa etária como no método tradicional de ensino... crianças mais velhas ficavam junto com crianças mais novas (claro que não muito mais velhas). Aí meu alerta vermelho de mãe acendeu: "ah, mas aí os maiores vão acabar machucando minha bebezinha". Pronto! Nada pode ser perfeito, pensei.

Conversando com meu marido ele me alertou que isso podia ser bom porque as crianças mais novas acabam aprendendo com as mais velhas e aí, claro que fui pesquisar tudo sobre o método e vi que essa era mesmo a intenção. Também devo confessar que tudo que eu li sempre esbarrava na questão dos mais velhos junto com os mais novos e nada me deixava confortável com o fato de pensar num marmanjinho ou marmanjinha enfiando a mão na minha pequena tão indefesa. O Anderson ainda me zoava dizendo que no dia que a Julia chegasse mordida em casa, eu ia na creche fazer um escândalo, mas no dia que eu fosse chamada dizendo que ela tinha mordido um amiguinho eu era capaz de achar liiiiiindo.... ah, vai! não é bem assim, né? (talvez só um pouquinho)

Mas... pesando os prós e o (único) contra (e uma ressabiadinha relacionada a forma de adaptação), defini por ela mesmo (mas ainda focando no meu checklist e nao no método de ensino).

Hoje a Julia já está na creche há quase 1 ano e durante esse período eu li bastante sobre o método e simplesmente me apaixonei pela filosofia... a questão do estímulo da independência, da iniciativa própria, da livre escolha, do "se virar sozinho" ao mesmo tempo que incentiva a preocupação com o amigo e com o mundo no sentido humanitário mesmo valem qualquer arranhão, mordida, empurrão (calma, calma, o fato é que nunca aconteceu nada nesse sentido não e o que vier a ocorrer é fase mesmo, que a gente já passou e sabe que toda criança passa e não no sentido de agressão). Sei que ela está apenas começando um caminho longo de aprendizagem e desenvolvimento, mas tenho a sensação de que minha filha está realmente sendo orientada para a vida, a vida real, prática e não a expositiva.

Não estou aqui para dizer qual método é melhor ou pior, até porque não sou profunda entendedora de nenhum método de ensino específico, minha intenção com esse post é apenas expor meu sentimento com relação a esse método que eu simplesmente desconhecia.

Ah... e quer saber?! Não é que semana passada mesmo ela me chegou com um arquinho de dentes muito bem desenhado na maozinha? Uma senhora mordida... verdadeira obra de arte! E olha que eu nem me esquentei! Realmente encarei com naturalidade (nenhum escandalo na creche), é aquela história mesmo do faz-parte!

Abaixo estou transcrevendo alguns trechos sobre o método que reuni em minhas pesquisas. Coloquei também algumas das citações que mais gosto de Maria Montessori (a criadora do método). Não anotei todas as fontes, mas as principais foram
http://www.omb.org.br/
http://www.aldeiamontessori.com.br/



"O método Montessoriano tem por objetivo a educação da vontade e da atenção, com o qual a criança tem liberdade de escolher o material a ser utilizado, além de proporcionar a cooperação.
...consiste em harmonizar a interação de forças corporais epirituais, corpo, inteligência e vontade ...
Os princípios fundamentais do sistema Montessori são: a atividade, a individualidade e a liberdade."


"A pedagogia montessoriana está fundamentada no respeito às necessidades da criança, enfatizando a liberdade de escolha e o respeito ao outro e ao mundo que o cerca. Valoriza o aprender fazendo, permitindo que a criança entre em contato com materiais e situações que vão instigar a sua curiosidade e o desejo de aprender, acionando todos os sentidos para a descoberta do mundo e de si mesmas."


"Para Montessori, o ensino deve ser ativo. A criança desenvolve um senso de responsabilidade por seu próprio aprendizado. A pedagogia montessoriana enfatiza a concentração individual por meio da manipulação de objetos. Na sala de aula, a atenção do aluno é desviada do professor para as tarefas a serem cumpridas. O professor é um "guia" que remove obstáculos à aprendizagem e isola as dificuldades da criança. "

Montessori e as quatro estações do desenvolvimento


Nascimento a 3 – 6 anos
Ajuda-me a fazer por mim (Educação Infantil)

6 a 9 - 12 anos
Ajuda-me a pensar por mim
(Ensino Fundamental)

12 a 15 - 18 anos
Ajuda-me a pensar com você
(caracteriza a adolescência)

18 – adulto
Ajuda-me a pensar por você
(êxito humano - solidariedade - ante-câmera da Paz)


Doze pontos do Método Montessori

  1. Baseia-se em anos de observação da natureza da criança por parte do maior gênio da educação desde Friedrich Froebel.
  2. Demonstrou ter uma aplicabilidade universal.
  3. Revelou que a criança pequena pode ser um amante do trabalho, do trabalho intelectual, escolhido de forma espontânea, e assim, realizado com muita alegria.
  4. Baseia-se em uma necessidade vital para a criança que é a de aprender fazendo. Em cada etapa do crescimento mental da criança são proporcionadas atividades correspondentes com as quais se desenvolvem suas faculdades.
  5. Ainda que ofereça à criança uma grande espontaneidade consegue capacitá-la para alcançar os mesmos níveis, ou até mesmo níveis superiores de sucesso escolar, que os alcançados sobre os sistemas antigos.
  6. Consegue uma excelente disciplina apesar de prescindir de coerções tais como recompensas e castigos. Explica-se tal fato por tratar-se de uma disciplina que tem origem dentro da própria criança e não imposta de fora.
  7. Baseia-se em um grande respeito pela personalidade da criança, concedendo-lhe espaço para crescer em uma independência biológica, permitindo-se à criança uma grande margem de liberdade que se constitui no fundamento de uma disciplina real.
  8. Permite ao professor tratar cada criança individualmente em cada matéria, e assim, fazê-lo de acordo com suas necessidades individuais.
  9. Cada criança trabalha em seu próprio ritmo.
  10. Não necessita desenvolver o espírito de competição e a cada momento procura oferecer às crianças muitas oportunidades para ajuda mútua o que é feito com grande prazer e alegria.
  11. Já que a criança trabalha partindo de sua livre escolha, sem coerções e sem necessidade de competir, não sente as tensões, os sentimentos de inferioridade e outras experiências capazes de deixar marcas no decorrer de sua vida.
  12. O método Montessori se propõe a desenvolver a totalidade da personalidade da criança e não somente suas capacidades intelectuais. Preocupa-se também com as capacidades de iniciativa, de deliberação e de escolhas independentes e os componentes emocionais.

 
      "Tudo começa com o afeto"

    “...a criança se constrói a si mesma, há um mestre dentro dela...”
    “O homem é tanto mais livre quanto maior sua capacidade de optar pelas coisas que lhe fazem bem”

    “Nenhuma criança se perturba pelo que o outro consegue; pelo contrário, o triunfo de um, causa admiração por parte dos outros e, freqüentemente, se imita o bem sucedido com muito boa vontade."

    “O homem nasce quando sua alma se sente a si própria, se fixa, se orienta, escolhe...”
     (Maria Montessori)

    12 de maio de 2010

    No 12º mês: SER MÃE É... ver sua bebêzinha virando uma menininha

    Bem, eu tinha decidido que quando Julia fizesse 1 ano eu pararia de registrar todo e qualquer respiro que ela desse. Seria o fim desse negócio de mesversário.
    Mas gente... como? como é que vou parar  de registrar se cada dia ela vem com alguma fofice diferente? Cada dia é uma gostosisse mais gostosa que a outra?
    Enfim, o fato é que continuei registrando após o 12º mês mas agora, digamos, menos rigidamente. Passei a registrar somente o resumo do mês (que eu já fazia) das principais conquistas, evoluções e manias mais fofas de cada mês (e as pérolas que aí não dá pra não registrar né? - no meu Palm tem até 2 categorias definidas: M+F:Manias + Fofas e PP: Pérolas de Pissuca). Mas esse seria um assunto para um blog específico de Júlia, o que não é o caso, este aqui é mais focado na minha pessoa mesmo (totalmente inspirado por ela), mas mais focado em mim mesma (vou colocando aqui somente algumas coisicas mais específicas dela).

    Mas hoje, Pissuca está fazendo 1 ano e 6 meses... data redonda né? 1 ano e meio... claro que já fiz meu textinho específico, mas aqui queria era colocar o texto que escrevi pra ela quando ela fez 1 ano. Acho que 1 ano é um marco não só pro bebê mas também para nós mamães... Com isso, vou dar uma pulada de alguns meses na série SER MÃE É... e vou postar o Ser mãe no 12º mês.




    **** Texto registrado em 12/11/09 - Pissuca fazendo 1 ano ***

    É... minha Pissuca fez 1 aninho. Já não é mais uma bebezinha, já não vejo mais sua gengivinha rosada... já está com aqueles 4 dentinhos (2 em cima e 2 embaixo), fazendo aquela boquinha clássica de bebê já grandinho. Já está difícil de achar bodies pro tamanho dela (aliás... se existe um sinônimo para bebê eu diria: body – não dá pra ver um body sem imaginar um bebê dentro, dá?). Agora ela usa camisetinha com shortinho ou sainha – tem coisa mais menininha grandinha que isso? E já usa sapatinhos efetivamente, mas sapatinhos de verdade, com soladinho (e não aqueles só pra combinar com a roupinha)... sim.... sapatinhos de verdade para então... ganhar o mundo!

    Engraçado... De repente, amanhã ela vai acordar e já não será mais uma bebezinha, já vai tomar Ninho ao invés de NAN (para alívio do bolso de papai e mamãe); acabaram-se as restrições alimentares (já pode mel, açúcar – apesar que mamãe vai dar uma segurada mais no açúcar... até quando der né?!); as papinhas já devem ser substituídas pela comida normal da família; as idas ao pediatra passam a ser trimestrais e não mais mensais e as vacinas agora são mais espassadas. O bebê conforto está com os dias contados e será abandonado definitivamente (e finalmente) por uma cadeirinha.

    Enfim, com 1 ano o bebê passa a poder tudo. Até a resistência que sempre é uma das maiores preocupações com bebês (como se fosse um presente dado por uma fadinha com sua varinha de condão durante a noite em que completa 1 aninho) já não deve ser mais preocupação: mamadeiras já não precisam mais serem esterelizadas a cada mamada, as roupinhas já podem ser lavadas com sabão em pó normal.... Peraí. Pára! Pára tudo...aaaah não! Isso não! Isso eu me recuso. E o cheirinho de bebê? Até isso a gente vai ter que perder? Naaao... não. Não! Todas essas evoluções são naturais sim, eu sei (e algumas, confesso, até bem vindas). E vou sim seguí-las como passos naturais da evolução da vida, mas o cheirinho de bebê não.. pelo menos isso eu vou manter...

    Então decreto aqui: as roupinhas eu vou continuar lavando com sabãozinho de nenen sim e também vou continuar usando a colônia jonhson (a baby, viu?); tá certo que bebÊ tem seu cheirinho próprio sim que é uma delícia e que vai continuar tendo (cá pra nós, mamães, pra sempre, né?), mas e aquele cheirinho de perfuminho de bebê que fica na mão da gente durante o dia todo de trabalho e que me faz matar a saudadinha até pegá-la na creche no fim do dia? E a rotina de pôr o “cheirinho” todo dia de manhã e após os banhos? (a Julia já sabe: hora de pôr o “cheirinho” e ela já vira a mãozinha pra passar)

    Ah... quero manter pelo menos o cheirinho da minha bebezinha.... assim quem sabe... ela continuará a ser para sempre, sempre minha bebezinha!

    **************************************************


    Aaaaai... bateu uma saudadiinhhha... uma nostalgiaziiiiiinha agora!!!!

    É... minha bebezinha (agora com redondos 1 ano e meio) já está virando uma criança pequena meeeesmo e eu só posso rezar pelo futuro dela: que Deus abençoe minha Pissuca e o que eu mais desejo pra minha filha é que ela cresça cercada de amores verdadeiros e amizades sinceras.


    E também peço a Deus serenidade e sabedoria para criá-la bem, para o mundo, pois, citando um poeta, “o maior presente que podemos dar aos filhos são raízes e asas”.

    10 de maio de 2010

    No 2º mês: SER MAE É ...

    ***** Texto registrado em 12/01/09 - Pissuca no 2º mês de vida *****

    Mamãe no 2º mês - SER MÃE É ...  quando um simples sorriso é capaz de iluminar todo o seu dia! 



    ***** 1º Sorriso - Texto registrado em 09/12/08 - Pissuca com quase quase 1 mês *****

    Presente de aniversário: 1º sorriso. Dormindo... sonho, reflexo, sei lá... mas sorriu e sorriso de filho realmente enche o coração da gente.

    Li em algum lugar: “se a gente vê um sorriso, ele existe”, por mais que digam que é involuntário, que é reflexo, sonho ou que for... no coração de mãe é sorriso sim e enche a gente de emoção.

    9 de maio de 2010

    A MÃE: feminino d'O AMOR!

    É da propaganda da Natura... mas achei tão lindo!!!!!!!

    Feliz Dia das Mães para todas as mamães que me lêem e, especialmente, para todas as minhas amigas mamães... (incluídas aí, minhas primas, cunha, tias, sogra, vó-sogra etc....e claro, minha mãe... )

    No 1º mês: SER MÃE É ...

    ***** Texto registrado em 12/12/08 - 1º mês da Pissuca *****

    Mamãe no 1o mês - SER MÃE É ... conformar-se em ser apenas 2 peitões p/ sua filha, vc deixa de ser a casinha p/ ser a comidinha!

    E isso significa que, mais até do que quando vc estava grávida, agora os cuidados com a alimentação têm que dobrar pois literalmente vai tudo pro leite que ela vai mamar o que pode influenciar nas cólicas, gases e até no sono.

    Com isso, enquanto estiver amamentando, nada de chocolates, nem café, nem refrigerante; tudo para minimizar as cólicas. (É...Vamos lá... coragem!)

    Além disso to tomando muita água. Tô até me estranhando de tanta água que eu to tomando, nunca gostei de água.. quase não bebia, mantinha minha hidratação com outros líquidos (com cheiro e gosto pelo menos), mas a amamentação me dá uma sede louca.. impressionante, é a Julia pegar no meu peito e a boca secar... além disso muita água ajuda a dar uma garantida na produção de leite... e precisa mesmo... para dar conta da minha passarinha (pois de 3 em 3 horas ela vem com sua boquinha de passarinho na direção do peito pedindo para mamar).

    5 de maio de 2010

    Mamãe molenga = Papai que segura para vacinar

    Hoje fui levar Pissuca para tomar o reforço da vacina contra a gripe H1N1 e...gente... foi um marco pra minha vida de mãe! rs....
    Este post tem 2 partes....  a Parte II é a referente ao dia de hoje.

    **** Mamãe molenga = Papai que segura para vacinar - Texto registrado em 27/03/10 - Pissuca com 1 ano e 4 meses ****

    Podem me chacotear... sou mesmo uma mãe molenga... molenga demais-toda vida... e tive provas disso logo de cara (já no 3º dia de vida da Julia, no dia de furar a orelhinha). Depois... na hora do teste do pesinho eu quase saio correndo pela porta afora e desde então em todas as vacinas ficaram por conta do papai segurar (ou a vovó, na ausência do papai) e mesmo assim eu quase choro junto todas as vezes e eu nem olho, parece que dói em mim.

    E hoje escapei de boa.. escapei de ter que levá-la sozinha para tomar a vacina da gripe suína. O Anderson ia operar do ombro essa semana e não ia poder segurá-la. Pânico total! Ai gente, sorte demais ter adiado a cirurgia e o Anderson ter podido ir... senão eu estaria completa total e irrestritamente enrolada. Não sei nem como segurar, vai que eu não seguro direito e a agulha quebra (esse sempre foi meu terror de criança, toda vez que ia tomar uma injeção morria de medo de me mexer e a agulha quebrar dentro de mim).

    Sabe, com toda certeza, essa não é uma característica que eu me orgulhe. Admiro demais (até invejo de inveja boa) aquelas mães coragem que vão sozinhas com os filhos para vacinar, seguram e ainda não sentem nadinha de sofrimento. Eu sei eu sei que é tudo por um bem muito muito muito maior que aquele segundinho de picadinha de formiga, mas gente, não sei... deve ser algum trauma de infância (injustificado pois minha mãe foi auxiliar de enfermagem e o que mais ela fazia era furar as pessoas, inclusive eu).

    Não gosto nem de imaginar, por exemplo, a Julia tendo que levar pontos ou se machucando sério. Ai só peço a Deus que eu consiga ser forte em momentos como esse, que eu consiga ficar calma para poder acalmá-la também (bem, dizem que na hora do pega-pra-capá mesmo a gente encontra toda coragem do mundo em função dos filhos – to confiando nisso!).

    Mas enfim... não escapei de todo pois fiquei sabendo que tem que dar um reforço daqui a 1 mês ... e o Anderson estará operado... ou seja... Pânico de novo, mas pelo menos eu tenho agora 1 mÊs para me preparar psicologicamente para o dia (ou aproveitar que minha mãe vai estar aqui para ela segurar... (RS... :& lê-se: sorrisinho amarelo)

    **** Mamãe molenga = Papai que segura para vacinar (Parte II - na falta de papai...) *** HOJE.

    Ai... não teve como vovó segurar (porque o jeito mandou lembrança), papai não pôde porque está operado no ombro e não teve mês (na verdade mais de 1 mês) de preparação psicológica que desse jeito... tive eu que segurá-la pela primeira vez. Aff... pior ainda é a fila, aquela espera angustiante de que algo de ruim está se aproximando (drama, drama ... Julia teve a quem puxar!), mas pra mim do que pra ela, claro porque ela nem sabia o que estava por vir (ficava brincando de “ajo-adê” com a nenen que tava no colo da mãe da frente), só se deu conta mesmo quando viu o temido, horrível e braaaanco jaleco da enfermeira (desde os 6 meses que ela fica bolada quando vê esse jaleco branco). Aí pronto.. reconheceu o ambiente e já começou a chorar...

    Mamãe nesse momento já estava com o coração disparado e apertado (mas acreditando que vovó que ia segurá-la), ainda mais porque também sentia o coraçãozinho da Pissuca disparado vendo o choro da menininha (coleguinha da brincadeira na fila), gritando por trás do biombo –braaanco – (ai, como não ficar traumatizada com a cor branca, heim?). Olhinho arregalado e as maozinhas já abraçando o meu pescoço pedindo socorro e pressentindo ser a próxima.

    Na hora passei ela pra minha mãe... e fiquei ao lado, mas ao sentar-se na cadeira, minha mãe não teve muito jeito de segurá-la e ela ficava só chamando “mamae, mamãe” (estraçalha de vez o coração de uma mãe assim), daí vi que só tava prolongando o sofrimento dela, então num ímpeto de mãe-coragem falei “deixa, me dá ela aqui que eu seguro” e peguei ela no colo mais do que rápido, abracei ela, segurei a perninha bem forte, encostei o rostinho dela no meu e tentei consolá-la com o shxi-shxi-shxi característico (claro que em vão, porque ela choraaava e se esticava toda). Nesse instante (e foi bem rápido), pronto, tudo acabou (a injeção, porque o choro continuou mais um pouco até eu me levantar da cadeira).

    E eu saí dali me sentindo “a mãe leoa”,toda orgulhosa e com todo respaldo para deitar a cabecinha dela no meu ombro e dizer: “mamãe tá aqui, mamãe tá aqui!” . Tá... tá... eu sei , eu sei ... só uma agulhinha de nada e eu aqui relatando como se fosse um conto épico, mas olha... encagaçada como sou, vou dizer que foi uma vitória viu? E sabem aquela história do pega-pra-capá? Então... podem confiar que é isso mesmo, na hora H, a MÃE fala mais alto!

    Picos de Crescimento e Picos de Desenvolvimento

    E uma coisa puxa a outra... falei no último post sobre Pico de Desenvolvimento, então vou compartilhar uma tabelinha que eu fiz para me orientar sobre picos de crescimento e saltos de desenvolvimento.
    Para mim sempre foi (e ainda é) muito útil para me tranquilizar naqueles momentos de crise do bebê , quando ele chora chora, a gente vê que não é manha, nem birra, mas  não sabe o que é e com a Julia, sempre bate certinho (mas ás vezes dá 1 ou 2 semaninhas de diferença).

    Quem disse que bebê não tem manual de instruções? O que me "salvou" muito no período de recém-mãe (e na gravidez também) foram minhas pesquisas e "estudos" (e ajudinha de mamãe também em algumas ocasiões) rs... toda informação vale na hora do desespero... rs...

    Espero que ajude mais alguém!

    Especificamente sobre Salto de Desenvolvimento, na época, achei esse encarte aqui... lindo e esclarecedor. Com base nele e em outras pesquisas na internet também sobre picos de crescimento, montei as tabelas seguintes (só pra facilitar a consulta). rs..





    4 de maio de 2010

    Crise da Ansiedade da Separação

    Como falei em Crise da Ansiedade no post anterior ...

    *** Texto registrado em 13/08/09 - Pissuca com 9 meses ***

    Pissuca chorou hoje pra entrar na creche pela 1a vez. Tá na época da Crise da Ansiedade da Separação que coincide com outro Pico de Desenvolvimento.

    A Conceição [e.t.: psicopedagoga da creche] disse que antes, "quando mamãe sumia, mamãe não existia...." por isso ela não sentia tanto ficar na creche. Agora, ela entrou na fase da Crise da Ansiedade da Separação, nessa fase, "quando mamãe some, mamãe cabô"... por isso a ansiedade da separação.

    Ai... Coração de mamãe partido!
    Ai... ser bebê é muito difícil tadinha da minha filha!

    A noite chegou em casa deitando a cabecinha no meu ombro... toda dengosinha...

    ******************

    Julia em fúria

    Esse post é atual, aconteceu semana passada... e aproveitei e acrescentei um historicozinho dessa evolução comportamental (dizem .. normal ??? !!!) dos bebês - e percebam que a evolução do quadro é rápida. Primeiro os draminhas (até bonitinhos), depois as birras (já não tão bonitinhas assim) e aí chega ao cúmulo, ao ápice do temperamentalismo... aff...
    Mamães novas e futuras, preparem-se; mamães experts, relembrem.

    ***** Júlia em Fúria - Texto registrado em 28/04/10 - Pissuca com 1 ano e 5 meses *****

    Ó, vou dizer, as crianças de hoje são muito temperamentais... só pode ser resultado da quantidade de acido fólico que a gente toma hoje em dia durante (e antes) da gravidez.

    Primeiro foram os dramas, depois as birras, agora são ataques de fúria (onde isso vai parar?). Do tipo daquele choro estrideeeeente, gritado, que os vizinhos já devem achar que a gente faz sessões de tortura infantil aqui em casa.

    E a característica principal é: não se sabe nunca o motivo (o que deixa mamãe a beira também de um ataque... de nervos) e quando se descobre, normalmente é algo besta besta besta. Ontem foi um dia desses de fúria (aliás é só a segunda vez que acontece, mas que já me fez incluir em minhas orações diárias: “Deus, por favor, faça com que a Julia não tenha mais nenhum ataque de fúria”).

    Hora de dormir... e tudo bem (mamãe, mimi pra cá.... mamãe, mamá pra lá) mamá pronto e de repente, começa o choro (que vc pensa que é a birra normal do dia a dia, dizem, normal nessa fase) mas rapidamente o choro fica simplesmente escandaloso, vc oferece a chupeta ela joga longe, oferece um brinquedo ela dá tapas raivosos no brinquedo, tenta consolar no colo e ela se estica inteira com a cabeça pra trás, vc põe no chão e ela se joga ao mesmo tempo que ergue os braços pedindo colo e vc pega no colo e ela se estica de novo, vc pergunta o que é e ela só grita. Lembra do Gremilin em contato com a luz e alimentado após a meia-noite? Então... é exatamente esse o processo: aquela coisinha fofa simplesmente se transforma num monstrinho.

    Bom... aí , já visto que não haveria jeito de acalmá-la, começou a guerra da troca da fralda... e aí ofereci o mamá... ela chorou ainda mais, mas começou a gritar “mamá, mamá”.
    “Mas como assim? Toma o mamá!”
    e aí ela gritava ainda mais e mais (gente, que fôlego é esse!).
    Coloquei ela no chão e deixei a mamadeira no chão também (assim, sem pensar, só pra liberar as mãos)....e aí como por um encanto (ou uma mão de Deus) ela pega a mamadeira e começa a mamar.

    E... kri kri kri (ouve-se os grilinhos lá fora e a minha respiração ofegante). Fala sério... minha conclusão: o que ela queria era simplesmente pegar ela mesma a mamadeira e mamar sozinha. Não que ela não mamasse sozinha todos os dias (todos não, só aqueles em que ela não está com preguiça de segurar a mamadeira), a única diferença é que eu dava a mamadeira na mão dela e era isso que ela não queria. Ela queria ela mesma pegar a mamadeira de algum lugar e mamar sozinha.

    Céus!

    Mamou e dormiu... como.... UM ANJINHO!

    Aff... situação que acaba comigo... no fim tô exausta, morta, acabada (física e psicologicamente). O Anderson diz: isso não me abala... deixa ela chorar... abstrai.... Mas como? COMO ABSTRAIR UMA CRIANÇA SE ESGOELANDO BEM NA HORA DE IR DORMIR E VC NÃO CONSEGUE NEM SABER O QUE É? Só posso pensar que pai tem algum filtro auditivo-psicológico-nerval, item que vem faltando no pacote-mãe. Só pode!


    ***** Ai socorro! é a fase da Birra! -Texto registrado em 12/02/10- Pissuca com 1 ano e 3 meses *****

    A temida fase da birra. Qual mãe não tem verdadeiro pânico daquelas cenas de criança no chão esperniando e gritando no meio do shopping? Ah eu tenho, vai! Tenho meeeeeesmo! E a Julia bem já está começando.

    A literatura diz que a partir de 1 ano começa mesmo a fase de testar os pais e com ela vêm as birras. E o mais interessante é que na creche elas dizem que ela é um anjo, não chora nem faz birra por nada. Com a gente, aff... se não faz o que ela quer é uma birra, se ela tá num dia ou numa hora meio atravessada, ai ai, é birra pra trocar a fralda, é birra pra pentear o cabelo, é birra pra tomar banho. Haja paciência!!!

    Li num dos milhões de blogs que viciei desde que descobri que estava grávida que a criança fazer birra em casa significa a certeza que ela tem do amor da gente. Dizia que o lugar certo pra ela experimentar, desobedecer, desafiar, é em casa mesmo, do lado de quem ela se sente segura, amada e compreendida. Que é um ensaio pra vida real, que é melhor ser rebelde em casa do que lá fora, onde ela não encontrará a mesma compreensão nem o mesmo amor incondicional.

    Faz todo sentido né?!

    *****************************************

    Mas tudo começou assim.... Com um draminha fofo!


    ***** Drama - Texto registrado em 12/09/09 - Pissuca fazendo 10 meses *****

    Na época da crise da Ansiedade da Separação [e.t.: com uns 9 meses] ela passou a deitar a cabecinha no meu ombro toda dengosinha. A partir daí toda vez que eu falo “Faz denguinho mamãe, faz?” ela vem toda dengosa e deita no meu ombro... E fazendo o Ahhhh qdo vem fazer o denguinho... (Ahhhhh Que denguinho gostoso!) igual no “bezo mamãe”.

    Resultado dessa crise foi chegar ao extremo da dengosisse (se isso for possível): agora ela DEPRIMI. Se alguém faz o que ela não gosta ou não faz o que ela quer, ela choooooooooora jogando a cabecinha para trás e com o beiço inteiriiiiinho virado para baixo fazendo um biquinho magoaaaado; se dobra pra frente, encosta a testa no chão e fica ali chorando (ou com aquele choro mudo, mas aí nesse caso ela passa mais tempo assim com a cabecinha pra trás antes de encostar a testa no chão ... rs) até que a gente vá lá pegá-la no colo. Sente só o drama! kkkkk

    ************************************

    3 de maio de 2010

    Ser mãe em 13 atos.

    Ok... vamos lá... foco no tema. Então.... quando a Julia nasceu, eu comecei a descrever mês a mês o que acontecia comigo e aí nasceu a série SER MÃE É...
    Fiz isso durante todo o primeiro ano da Pissuca. Alguns meses puderam ser descritos numa única frase, outros meses mereceram uma narrativa um pouco maior... rs...

    Vou postando aos poucos, ok?

    Com isso, a seguir... a série SER MÃE É... (por Tatiana) em 13 atos


    ***** Texto registrado em 26/11/08 - Pissuca com 15 dias *****

    Mamãe nos 1ºs 15 dias - SER MÃE É ... Viver dias de alegria e confusão!

    AFF pura " Chegada do Bebe America Latina" - Mudança com Julia recém-nascida, eu recém-parida, mais mãe, sogra, biza de 80 anos, cachorro....

    E os bicos dos meus peitos estão rachados desde a primeira semana (o esquerdo bem mais). Ô dor! Qdo chega a hora de mamar (e isso acontece religiosamente de 3 em 3 hs).. ai, já começo a chorar. É dando de mamar e a lágrima descendo. Mas não tem jeito.. mãe é mãe meeesmo: em nenhum momento penso em deixar de amamentar ela.

    Sem contar que a amamentação dá adeus a qualquer tipo de timidez. Vc fica totalmente despudorada. Com essa história de peito rachado disseram que só cura tomando sol (pra cicatrizar mais rápido e engrossar a pele) e lá vou euzinha (no desespero mesmo) me abancar na varanda do apartamento com os peitos totalmente de fora e rezando pra ninguém resolver olhar pra cima (minha sorte é que na frente só tem casas). Além disso, a orientação é não cobrir os seios pra não roçar na roupa e deixar o leite secar naturalmente, o que significava andar pela casa também com os peitos de fora e isso com minha sogra e minha vó-sogra aqui em casa. Aff! A treva!

    E tem os palpites... minha mãe, minha sogra... mas todo mundo já dizia que ia ser assim, então... tento abstrair. O que mais ouço é: Ela deve estar com fome... dá mamar! Não está na hora dela mamar? Não deixa ela chorar... Ela tá com sono! Tá com frio! Tá com calor! Tá soluçando, dá mamar... Aaaaaaaahhhhhhhhh grgrgrgrgrg

    E ainda tem as crendices tipo: colocar uma linha na testa para parar o soluço... RS... ai.. isso tem chance de ter algum embasamento científico pra dar certo?

    Outra coisa que realmente deve ficar registrado é como é engraçado que realmente os sentimentos mudam meesmo depois que se é mãe, dia desses ao voltar do quarto da Julia depois de mais uma mamada o Anderson estava assistindo a um filme (que eu nem sei qual o nome porque não quis continuar vendo). Cheguei bem na hora em que os pais tinham caído ao mar (aliás, todos do barco) e só ficou uma nenenzinha (bebezinha mesmo) sozinha no barco (viagem total o filme!). E ela chorava e a mãe e o pai, no mar, sem conseguir voltar ao barco ouvindo ela chorando e a mãe angustiada dizia que era fome. Imagina a situação? Eles ali em alto mar, sem saber se seriam resgatados e sua filhinha sozinha dentro do barco, com fome, meu Deus, ela morreria ali de fome, de sede, sozinha e os pais sem poder fazer nada bem ali do lado... ai meu Deus.. aquilo estraçalhou meu coração como nunca imaginei que um filminho qualquer que eu nem sei o nome poderia fazer. Na mesma hora pedi pra tirar.. não agüentava ver aquilo não!

    Certamente antes da Julia eu até ficaria impressionada com a situação e tal (filme,né?! Eu pensaria).. mas... sentir aquilo que eu senti, Céus!, duvido que sentiria! Agora qualquer história envolvendo crianças me atinge muito mais do que o normal... nada que aconteça com um bebê ou uma criança passa pelo normal pra mim. Noticiários de bebês que são abandonados me causam uma dor fuuuunda sabe? Ver crianças com fome (isso já me chocava!) me dá uma tristeza sem fim. Saber de mortes de crianças me geram uma angústia enorme!
    É... realmente... tudo mudou! Nada nada nada mais será como antes, começando pelo que tem aqui dentro!

    LinkWithin

    Related Posts with Thumbnails