22 de setembro de 2010

Mamãe "all inclusive"


Sei que ando meio sumida... (desculpa aê quem me lê), estou envolvida no planejamento e preparativos do aniversário de 2 anos da Pissuca.
Primeiro ano eu fiz num buffet infantil, então não tive trabalho com nada (ou QUASE-nada); mas esse ano resolvi fazer em casa... estilo festa de antigamente... com mamãe botando a mão na massa em tudo (ou QUASE-tudo: na verdade, vou contratar um bufett a domicílio, mas que só vai cuidar dos comes e bebes e garçom e copeira. O planejamento, decoração e até alguma parte do cardápio vai ficar por minha conta mesmo). Mas esse é um tema para oooooutro post.

Bom.. já escrevi aqui sobre se reinventar a cada dia, pois é... então.... acho que evoluí no conceito... depois de quase 2 anos "na função", estou convencida de que quando a gente se torna mãe.... a gente vira "all inclusive".

Começamos como Mamãe-casinha (na gravidez); depois Mamãe-comidinha (nos primeiros meses) ...
E daí então a coisa só evolui...

Mamãe-fotógrafa (e scrapper... garantindo que sejam registradas todas as emoções, mesmo as mais singelas, da nossa rotina);

Mamãe- médica e enfermeira (nada de automedicação né, gente.. mas vamos combinar que na quarta vez com os mesmos sintomas, a gente já sabe diagnosticar virose, resfriado ou simplesmente os dentinhos apontando);

Mamãe-nutricionista (quando pára de amamentar... começa a saga do quê comer: o que solta, o que prende - tenho até uma tabelinha prende-solta-flatulentos pendurada na cozinha; o que é saudável; o que não pode...);

Mamãe-motorista (levar e buscar da escolinha... e de todo lugar);

Mamãe-estilista (ah, qual mãe que não se preocupa em combinar as roupinhas dos filhos heim, heim, heim?!);

Mamãe-psicóloga (de que outra forma se consegue lidar com ataques de birra e vontades????)

Mamãe-educadora (vixe... essa então é assunto que rende...);

Mamãe-produtora de eventos (começando pelo batizado e o 1º aniversário e o 2º aniversário e por aí vaaaaaai e vaaaaai, até que um dia ela vai me pedir uma viagem no lugar de uma festa e aí... Jesus... seguirei então pelo poço profundo da nostalgia sem fim... ai drama né? Mas é que amo muito de tudo isso!);

Mamãe-decoradora (primeiro do quartinho, depois do canto dos brinquedos....);

Mamãe-recreadora (canta, dança, pula, faz gestinhos - especialista em Galinha Pintadinha - aliás, saiu o volume 2 e eu já comprei e a Pissuca agora acorda pedinho: "Cocoicóoo mamãe... cocoicóoo" - ; Hi-5; Backyardigans ...);

Mamãe-colecionadora e arqueóloga (colecionadora de memórias: 1ª chupeta, 1ª roupinha, 1º rabisco e arqueóloga a procura dos guardados jurássicos da sua mãe e sogra para poder juntar com os guardados da sua filha... tá bom, tá bom... essa característica talvez não seja tão comum... eu é que sou psíca mesmo!!! rs..);

Mamãe-doceira e confeiteira (pois é... agora estou enveredando pelo doce mundo dos cupcakes - pra fazer pra festinha dela);


Agora cá entre nós... tem pacote mais completo?????


13 de setembro de 2010

No 10º mês: SER MÃE É ... finalmente começar a retomar o seu lugar no mundo ...


1 ano depois (Pissuca fez 1 ano e 10 meses)...
e...
- os engarrafamentos continuam me salvando (!!!) e mantendo minha leitura e aparência pessoal-profissional em dia....
- a saída de manhã está menos frenética... Pissuca já anda... o que facilita muuuuito as saídas de casa.
- aquela sensação de "esqueci alguma coisa" permanece... mas agora, além dos barulhinhos e chorinhos, ouço também todos os mamãaaaiêêês como se fossem dela (sim... Pissuca também já fala...)
- a lista de supermercado continua a mesma... (ainda com as fraldas... mas... já já elas serão abolidas... não é com 2 anos que começa o desfralde?)
- à minha bolsa (além de cardápio da creche, chupeta, chuquinha e chave philips) agora foram incorporados papéis com desenhos rabiscados (única forma de Pissuca ficar sossegada por alguns minutos num restaurante, por exemplo) e que, em algum momento, acabam sendo usados para alguma anotação de trabalho...


*** Texto registrado em 12/09/09 - Pissuca fazendo 10 meses *** Mamãe no 10º mês: finalmente começar a retomar o seu lugar no mundo mesmo com todo esse sentimento doido que é ser mãe

... Antes e depois de ser mãe ...

Quando se tem filho, parece que a gente para no tempo em função dele... E pára de ser a gente mesma para ser simples e somente mãe.

A gente pára de usar perfume porque pode dar alergia no bebê (ou ele pode não gostar do cheiro - olha que tragédia!)

Pára de usar brincos grandes porque ela pode puxar (e nos rasgar toda!)

Pára de usar relógio e anéis porque pode arranhar o bebê e etc etc etc.

Parei até de usar esmalte escuro porque não conseguia deixar minha unha de um jeito decente que desse para usar. Unha grande? Jamais... pecado mortal entre mães: é arranhão certo! RS..

Meus cílios não viam um rímel desde a bendita (ou maldita) maquiagem que fizeram na maternidade após o parto. Que aliás ficou horrorosa.. parecia uma palhaça (imagina só aquela cara redonda de inchada com os olhos quase não aparecendo e uma crosta de rímel pra arrematar, sem contar o lápis preto que eu prefiro nem comentar – vontade de jogar as fotos na lixeira). Qualquer maquiador decente teria tido uma síncope. Foram assassinadas todas as dicas de maquiagem que eu já li em revistas...

Bem... Difícil achar tempo pra cuidar da gente...

Demorou (já voltei a trabalhar a mais de 2 meses e já se vai quase 1 ano que ela nasceu), mas finalmente acho que estou mais segura e conseguindo voltar a ser eu (sem deixar de ser mãe, claro). Voltei a passar perfume, a usar meus brincos e anéis e relógio. E sabe de uma coisa: a Julia não teve alergia nenhuma; eu tive mesmo que ensinar a não puxar os brincos; e anéis e relógios não a arranharam... e as unhas... bom... essas arranharam sim algumas vezes... mas quer saber? Ela nem sentiu, nem chorou e nem ficou marca nenhuma (a prática na lida ajuda!). Será que tudo isso também faz parte de toda a neura de ser mãe?

Voltei a me maquiar pra trabalhar ... tá certo que no trânsito (no engarrafamento pois a saída de manhã, confesso, é frenética, pra não dizer caótica: arruma Julia-me arruma-pega bolsa- pega mochila da Julia-acha chaves-tranca portao etc – isso quando não tem que anotar na agenda que ela mamou às 5hs da manhã e por isso vai precisar entrar na primeira turminha das refeições e/ou pegar fralda, pomada, shampoo ou o que mais estiver precisando para reposição... ufa!), bom.. mas voltei... E a unha estou mantendo numa situação aceitável, lixando também durante os engarrafamentos (durante os engarrafamentos dá até pra dar uma lida num jornal ou revista.... vai saber se abomino ou se agradeço os engarrafamentos??!?!?!)

No entanto é tudo muito louco: sempre que estou sem ela e ouço algum bebê chorando ou simplesmente fazendo aqueles sonzinhos de bebê, sinto uma sensação estranha.... não sei se é saudade, se é preocupação se ela está bem, se também está chorando e eu não estou perto... A verdade é que sempre que saio sem ela fica aquela sensação de estar esquecendo de alguma coisa, que tá faltando alguma coisa (e sim... está!...esquecendo não (Deus me livre!)... mas faltando sim.. cadê minha Pissuca?!) Vai entender cabeça e sentimento de mãe... ô coisa mais maluca! A gente sente falta de não termos tempo só pra gente, mas sofremos se não estamos com eles.

No final a gente não deixa mesmo de ser mãe... se for olhar na minha bolsa (que antes só tinha o Palm, coisas de trabalho, pendrives etc...) vc vai encontrar, no mínimo, o cardápio da semana da creche, passando por chupeta e chuquinhas de cabelo até chave philips (chave de fendas? Siiim porque todos os brinquedos a pilha hoje em dia só dão pra trocar a pilha abrindo com chave philips – é a Era do INMetro)! RS.. 
E em casa, na hora do supermercado, junto às preocupações de não faltar papel higiênico e sabonete na lista... não esquecemos nunca de acrescentar as pilhas para os brinquedos e algodão de bolinha, que acabam mais rápido que a velocidade da luz. 
Ao acordar, não pode mais querer quebrar o despertador quando ele disparar cedo pois agora, o despertador é ela (e não ia ser legal quebrá-la todinha, né? rs). 
Os interesses mudam totalmente, nenhum dado econômico é mais importante do que a cotação da fralda e nenhuma crise política te atinge mais do que uma crise de cólica ou de choro. Enfim, é fato, a VIDA muda totalmente.

Quanto às unhas vermelhas.... bem... acho que aí já é querer demais né? Mas de vez em quando... (beeem de vez em quando = lê-se: algum evento de fim de semana) dá até pra colocar... já que unha-vermelha-descascada é o ó e na primeira troca de fraldas ou lavagem da mamadeira esse risco torna-se fato iminente. Bom... não dá pra ter tudo né? E toda mudança deixa mesmo algumas seqüelas.

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Ahhhh ... e as unhas escuras... 1 ano depois... voltaram com tudo!

E...a vida muda sim (ôh!)... mas com o tempo tudo (tudo meeesmo) vai se encaixando...

* Editado de uma imagem de publicidade da pomada Bepantol

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