Pois é... dizem que o desfralde é o primeiro debut da criança... a primeira regra do convívio social não mais como uma bebezinha...
É... preciso me acostumar a essa nova realidade...
Então...
fiz um
primeiro registro do desfralde de Pissuca (que começou dia 07 de janeiro) com dicas, um roteirinho e um checklist. Agora, como prometi,
estou cá para dar um retorno de como está indo...
Sim...
ainda está indo.. mas indo muito bem a meu ver! Sem pressa, sem
stress e muitas vezes até divertido..rs.
As coisas
que eu já vinha fazendo muito antes do desfralde (como citei no
primeiro registro) realmente ajudou bastante.
Do checklist que fiz, só 1 item eu acrescentaria e que eu só
percebi durante o processo (os outros todos eu ratifico e usei/uso
todos eles):
Quanto às
dicas e o roteirinho, a seguir atualizo (em verde - cor da esperança) com o andamento até então
(e no final, um resuminho conclusivo):
Etapas
do desfrade: avisar que precisa ir ao banheiro, despir-se,
limpar-se, dar descarga e lavar as mãos.
*
comprei um livrinho jóia que mostra essas fases para ela (ver no
checklist ao final do post)
O
livrinho foi ótimo mesmo para mostrar para ela o processo (ela
inclusive, muitas vezes sentada no peniquinho, pede o livrinho para
“ler”). O fato de serem fotos e não desenhos acho que deixou
mais real para ela todo o processo.
Quanto
ao despir-se, ela ainda não consegue não, eu tenho descido e
subido a calcinha dela.
O
limpar-se ela até se limpa (e acha o máximo usar o papel
higiênico e jogar no lixo depois), agora limpar-se direito
é que é o problema. Então.. ela limpa do jeito dela, mas aí
mamãe limpa também .
No caso do cocô, não sei quanto a vocês,
mas eu achei meio complicado limpar o bumbum dela em pé... (menina
tem aquilo de não poder limpar de trás para frente para não
correr o risco de trazer sujerinha de cocô para a pepequinha, senão
é infecção urinária na certa) então.. peço para ela abraçar
a perna da mamãe (assim o acesso ao bumbum fica mais fácil) e
continuo usando os lenços umedecidos para garantir uma melhor
limpeza sem precisar colocá-la no banho toda vez que fizer cocô.
Dar
descarga é outra farra (e no peniquinho dela tem uma descarguinha
de mentirinha..) a onda é dar a descarguinha antes de levantar do
peniquinho. E na hora que o xixi/cocô vai para o vaso, ela dá
descarga de verdade (tenta, né) e dá tchauzinho para o xixi/cocô (como já fazia com o xixi/cocô da mamãe).
Lavar
as mãozinhas ela já tinha o hábito. Quando ela começou a criar
caso para lavar as mãos, comecei uma brincadeira de fazer
“puminha” com as mãos. Funcionou!
Usar
reforço positivo. Elogie a criança. Não deixe de elogiá-la
quando ela lhe disser que
está
com vontade de ir ao banheiro, mesmo que a iniciativa tenha sido sua
e não brigue se ele esquecer de avisar. Faz parte do processo.
*
reforço positivo seeeeeempre! Esse sempre foi meu lema (aprendi
com o Hector e funciona direitinho com a Julia também): toda vez
que ela faz algo positivo recebe muitos elogios, beijinhos, abraços
e festinha e agora não será diferente. Minha cunhada deu a dica
de dar adesivinhos de brinde sempre que usar o penico e achei uma
idéia bem legal (tem até no livro que comprei pra ela).
AhRáaaa..
na minha opinião está aqui o pulo do gato! O lance do adesivinho
que o livrinho sugere é "O" REFORÇO POSITIVO eu diria.
Sempre que ela faz xixi/cocô no peniquinho, ela ganha um adesivo à
sua escolha. Esse reforço positivo ajuda, inclusive a ela pedir
para ir ao peniquinho. Muitas vezes a gente pergunta: “Quer ir
fazer xixi?” e ela responde: “Quelo. Quelo ganhar avevivo”.
Ela primeiro cola o adesivo no braço (ou na mão) e no caso de
cocô são 2 adesivos e depois vai no banheiro e cola na parede
atrás do peniquinho... ela adora ver a parede cheia de adesivos de
todos os tipos e tamanhos.. rs.. (e eu também.. prontofalei)
O
peniquinho que toca musiquinha automaticamente quando ela faz o
xixi/cocô foi outro achado... ela sempre gostou muito de tudo que
tem haver com musiquinhas então se amarra quando faz o
xixi/cocô e o peniquinho começa a tocar... a gente diz que o
peniquinho está feliz porque ela fez o xixi/cocô no lugar
certinho. Quando a musiquinha começa a tocar ela já diz: “o
peniquinho tá feliz mamãe”.
Outra
coisa que adora também é ver mamãe pulando, dançando e
girando enquanto toca a musiquinha que o peniquinho canta (afinal, o que é ser mãe... se não...eternamente pagar mico?). Isso
foi legal porque demonstra o quanto ficamos felizes e ainda deixa a
coisa divertida.... (para ela e, confesso, pra mim também
hihihihi). Ela já pede: “Dança mamãe, dança!” e aí papai,
vovó e qualquer um que vá com ela, também entra na dança...
literalmente.. rs!
Elogios,
muitos beijinhos e abraços... ah... isso aí sempre há né... nem
precisa comentar!
Daí..
o ritual do peniquinho para Pissuca é: pedir para ir ao banheiro →
despir-se (no caso, ser despida) → dar descarguinha de mentirinha
→ limpar-se (e ser limpa) → dar descarga de verdade e se
despedir do xixi/cocô → escolher o “avevivo” → fazer
“puminha” com as mãos.
Ficou
um pouquinho mais longo... mas... tá funcionando que é uma
beleza!
Tentar
iniciar o processo no verão pois no inverno fazemos mais xixi
(porque transpiramos menos) e ficar molhado, mesmo por um curto
período de tempo, é bem mais desconfortável no frio. Além disso,
há a dificuldade logística de lavar uma porção de roupas e
calcinhas ou cuecas com tempo frio e chuvoso ou deixar colchão
secando caso aconteça algum acidente noturno.
*
também tive sorte com isso, pois iniciei agora em janeiro...
verãozaço!
Sim...
e a principal vantagem é de poder deixá-la sempre de vestidinho
(ou só de camisetinha) e calcinha, diminuindo a faina do despir-se
rs..
Para
começar, deixe a criança sentar no peniquinho uma vez por dia, sem
tirar a roupa, criando assim uma rotina.
*
essa dica não estou seguindo não.. já levo ela para o peniquinho
e tiramos a calcinha. Tô considerando o reconhecimento inicial já
feito com o peniquinho dos priminhos em Brasília.
ok...
não fez diferença mesmo!
Deixe-a
livre para sair quando quiser, sem forçá-la a ficar. A espera
sentada não deve exceder 5 ou 10 min.
* ah
claro... não forço ela nem a comer quando não quer... imagina a
fazer xixi e cocô. Basta um “xixi não, tá mamãe?” para eu
dizer: “tudo bem” e voltamos ao que estávamos fazendo.
Sim..
acho que isso foi uma boa prática. Se ela senta e vê que não
quer fazer nada... ela fala que não quer e na mesma hora a gente
volta, não questiono, acredito nela (e ela nunca fez xixi/cocô
logo em seguida, o que quer dizer que ela realmente não estava com
vontade). Mas também não ganha adesivo (rs...)
Quando
a criança evacuar na fralda, procure levá-la ao banheiro, para
jogarem juntos as fezes no sanitário.
Isso
eu nunca fiz... ela via era o meu xixi/cocô mesmo e dava
tchauzinho. Isso ajudou, com certeza, a ela entender para onde ia o
seu próprio xixi/cocô quando começou o processo.. não era
novidade para ela... o vaso não era um buraco negro e o cocô que
ela fazia não era nenhum monstro (embora parecesse algumas
vezes.... prontofalei de novo).
Uma
criança que evacua regularmente, quase todos os dias, no mesmo
horário, tem mais facilidade em largar as fraldas do que uma
criança cujo intestino é irregular.
* tô
confiante nisso!
Bom...
enfim, não sei se por esse motivo, realmente não estou achando um
processo assim tão complicado não.
Aliás,
o cocô (que é o mais regular) foi até bem mais difícil do que
com o xixi. No início, todas as vezes que ela fazia cocô... já
tinha feito e não dava tempo de levá-la. Mas isso eu resolvi da
seguinte forma: como o horário dela era de manhã mesmo, todo dia
de manhã quando ela acorda eu a levo no banheiro e aí ela já faz
o xixi e o cocô. E daí se ela sente vontade de fazer cocô
durante o dia, ela já pedia para fazer xixi e fazia o cocô junto.
Deixe
que a criança permaneça uma parte do dia sem fraldas. Quando
evacuar, sem a proteção da fralda, sentirá desconforto e incômodo
ao permanecer suja. Naturalmente, a criança começa a dar sinais,
solicitando que seja levada ao sanitário antes de deixar escapar
nas roupas.
*
huuum vejamos se ela vai ser fresquinha... rs..
Nada
nada de fresquinha. As poucas vezes que o xixi escapoliu ela só me
olhou com aquela cara de “ops!” mas como eu não me alterava,
ela continuava o que estava fazendo. Daí eu a levava para o
peniquinho dizendo “tudo bem, escapoliu, acontece” e perguntava
se ela queria fazer mais.
Quanto
aos sinais.. ah é a parte mais fofinha do desfralde. No início
ela ficava colocando a mão na pepequinha mas não falava nada..
mas eu já percebia e já levava ela ao peniquinho. Agora ela
começa a dar pulinhos falando: “Julia quer fazer xixi mamãe,
xixi”
O
penico é muito importante, pois proporciona à criança a segurança
e o apoio dos pés no chão, o que não acontece no vaso sanitário.
A posição natural que o penico impõe torna mais fácil a
evacuação. Superada essa fase inicial, é importante colocar a
criança no vaso sanitário de adulto (com a tampa infantil) para
que ela adquira estímulo e responsabilidade, além de, é claro,
sentir-se como gente grande!
* o
penico, mesmo já tendo um assento redutor, sempre foi minha opção
também por pensar, além do que foi citado, em dar uma
independência para ela poder ir sozinha quando se sentir
preparada.
Na
verdade ela usou os 2 ao mesmo tempo. Usava no banheiro dela o vaso
com o assento redutor (que ela chama de “penicão grandão”) e
também o “peniquinho novo que a mamãe deu” (como se ela
tivesse tido algum antigo...) quando estamos na sala.
No
caso do penicão, a dica legal é colocar um banquinho para ela
apoiar o pé. Com isso, ela viu que não corre o risco de cair
dentro do vaso... e aí mesmo quando não tem o banquinho ela não
fica com medo. Além do quê, o apoio do pé ajuda a musculatura da
barriga na hora de fazer um esforcinho pro cocô (como ela diz:
“fazer cocô forte, mamãe”)
Sim,
ele vai se sujar inúmeras vezes, então deixe-o com o menor número
de roupas possível, de preferência descalço e sempre tenha um
balde com pano de chão e desinfetante à mão.
*
bem.. quanto a isso não tenho dúvidas … rs... tenho procurado
deixá-la mais de vestidinho para facilitar na hora de usar o
peniquinho e meu kit acidente doméstico já está a postos
(inclusive separei 2 panos de chão somente para esses casos, quem
já teve cachorro dentro de casa sabe bem como funciona essas
coisas... rs..). Separei também um balde somente para colocar as
roupas “acidentadas”de molho.
Então..
o kit sempre a postos é bom.. mas como disse, foram poucos
acidentes, graças a Deus.
Deixar
brinquedos, revistas, livros de histórias próximos do penico ou
para o banheiro, para entreter e distrair criança até que consiga
evacuar.
*
essa ainda não experimentei
Bem...
o único livrinho que fica no banheiro é o do peniquinho que ela
às vezes folheia.. acho que a maior distração dela nessas horas
é o papo com a mamãe mesmo... matraquinha da mamãe quer
conversar até nessas horas.
Acidentes
irão acontecer. Acontecem até com os adultos! Castigar a criança
nunca, pois mesmo depois que a evacuação no sanitário torna-se
uma rotina em sua vida, ela ainda perde a noção do tempo: espera a
dor apertar até resolver procurar o banheiro (principalmente se
estiver numa atividade ou brincadeira interessante). Elogie sempre
os progressos!
* ah
isso nem precisa comentar... em todas as experiências que li,
todas as mães focaram num ponto em comum: paciência... muuuita
paciência e uma amiga mãe de um amiguinho da Pissuca que já
iniciou o processo disse uma verdade: “eles não vão fazer 18
anos fazendo xixi nas calças”, então.. é um processo
transitório, mais uma fase de desenvolvimento para eles que a
gente precisa, acima de tudo, dar apoio sendo pacientes e
positivos.
Sim..
pois é... mas olha, de tudo que li antes de começar, hoje percebo
que poderia ter descartado uns 50% de drama. É preciso ter
paciência sim, claro... mas acho que com preparação, conhecendo
o que acontece com os pequenos nessa fase e entendendo suas
próprias limitações, dá para levar o processo numa boa.
Tudo
bem que ainda não acabou, mas acho que tenho tido sorte e tudo tem
dado super certo, graças a Deus.
Desfralde
noturno: A fralda noturna só deve ser abandonada depois que a
criança conseguir se livrar de vez do
uso durante o dia. Isso leva em média quatro meses, mas a
referência mais importante é que a fralda acorde sequinha por
vários dias seguidos, no mínimo uma semana.
*
bem... esse é ooooutro assunto. Como diria o marido: “uma guerra
de cada vez”. Quando for o momento a gente fala sobre isso.
Essa
guerra ainda não começou! Alguns orientam iniciar depois de 6
meses do início do processo de desfralde, outros dizem que deve
ser depois que a criança acorda por pelo menos 15 dias
consecutivos com a fralda seca. Enfim.. como nenhuma das 2 opções
foram atendidas … Pissuca continua de fraldinha a noite e na
soneca do dia.
Receitinha
de bolo (que nem sempre funciona mas que é sempre um bom
começo):
1ª
semana: Leve seu filho ao banheiro para fazer xixi a cada duas
horas. O horário de fazer cocô deve ser o que a criança está
acostumada. Nessa primeira etapa, é importante que os pais fiquem ao
lado dela, esperando ele terminar de fazer as necessidades. A dica
aqui é não apressar a criança: deixe-a demorar o tempo que for
preciso. Terminada as necessidades, limpe a criança e coloque uma
cueca ou calcinha nela. Mostrar entusiasmo e orgulho por ela ter
usado o banheiro também ajuda. Uma coisa que ajuda no processo é
vestir a criança com cuecas e calcinhas com desenhos coloridos,
incentivando-a a usa-las.
*
nessa primeira semana eu estou sendo um pouco menos otimista e estou
levando ela de 30 em 30 minutos até eu perceber mais ou menos quanto
tempo ela demora para ter vontade; as calcinhas com desenhos
coloridos... bem... há controvérsias, veja checklist abaixo.
2ª
semana:
Dê continuidade ao processo aplicado na primeira semana, com uma
diferença: desta vez deixe-a sozinha e peça que ela chame quando
tiver terminado. Não se desespere se ela fizer alguma coisa errada
depois de tanto tempo de esforço, pois é normal isso acontecer. A
dica é não brigar com ela e dizer que foi apenas um deslize, mas
que dá próxima vez ela irá conseguir.
* até
hoje não deixo ela sozinha não.. nessa 2ª semana eu ainda a
convidava ao banheiro só com uma diferença: na 1ª semana mesmo se
ela dissesse que não queria, eu a levava. Mais ou menos pela 2ª
semana, quando eu percebi mais ou menos os períodos entre os xixis,
eu convidava, mas se ela dissesse que não queria, eu não levava.
Levava apenas quando ela dizia que queria ir.
3ª
semana:
Não a leve mais ao banheiro. Deixe que ela decida quando quer e peça
para ir ao banheiro. A dica é perguntar, pelo menos quatro vezes ao
dia, se ela quer fazer xixi ou cocô.
* Só
lá pela 4ª semana que ela passou a pedir para ir ao banheiro (como
disse, essas receitas nunca são matemáticas), mas continuo indo com
ela, até porque ela não consegue descer a roupa sozinha ainda e
também não confio muito na higiene que ela faz. E de vez enquando
(não necessariamente 4 x ao dia, normalmente quando percebo que já
faz algum tempo que ela foi pela última vez) eu pergunto se ela quer
ir...
Estamos
na 8ª semana e já percebo que ela já consegue segurar o xixi.
Enfim...
2 meses depois do início do desfralde tenho que dizer que tudo
caminha muito bem... Pissuca só usa fraldas para dormir (a noite e
durante a soneca do dia) e já pede para ir ao banheiro.
Estou
agora ensinando ela a descer a roupinha... conseguindo isso... acho
que dá para ela passar à etapa de ir sozinha ao banheiro.
É claro
que acidentes aconteceram... poucos (ufa!) mas aconteceram... nada
que tenha provocado uma sensação horrível ou de frustração.
Particularmente,
eu acho que toda a preparação para essa fase ajudou muito.
Se
eu pudesse dar 2 dicas gerais eu diria:
- Primeiro
entender todo o processo: como é essa fase, as coisas que podem
acontecer para aprender a lidar com elas, acho que tem sido
fundamental.
- Segundo,
nos resguardar de situações de stress é um ponto positivo para nós
e para a criança (por exemplo: usar os tapetinhos de pet, ter o kit
de limpeza fácil para os acidentes e até mesmo optar não sair no
início sem as fraldas) pois evita que nós fiquemos frustrados e
passemos isso para a criança em forma de decepção ou mesmo de
irritação.
Não
esquecendo, é claro, a principal dica de todas (como coloquei no
primeiro post): o tempo do desfralde é dela, e não meu!
E é isso por enquanto...
esporadicamente vou postando as novidades sobre esse tema!