27 de novembro de 2011

Um dia verdadeiramente inacreditável!

Agora vocês me digam se não estou precisando de férias...

Bom... daí que no sábado dia 12 foi aniversário de Pissuca e, como já comentei-medesculpei-desabafei aqui, estive uns 2 meses envolvida com o planejamento e execução (já que sou eu quem decoro e faço tudo, exceto o bolo, docinhos e salgadinhos - prometo que logo faço o já prometido post).
Daí que na sexta seguinte, dia 18, foi o aniversário de Pissuca na escolinha... e foi na véspera que eu percebi que ser uma profissional de sucesso (ã-rham!), administrar casa, marido e cachorro (não necessariamente nessa mesma ordem) e ainda ser mãe dedicada... tudo isso com o agravante da pessoa ser perfeccionista ao extremo, pode ser bastante estafante e gerar consequências físicas e mentais que beiram à esclerose .

Nesse dia eu tinha consulta médica pela manhã... deixei Pissuca na escola e passei correndinho no supermercado (antes de ir pra consulta) para mandar revelar (naquele esquema na-hora) as fotos para montar a linha da vida de Pissuca (parte da comemoração na escolinha no dia seguinte) e comprar uma fôrma de bolo maior e confeitos (na escolinha de Pissuca, eu levo só o bolo com cobertura e as próprias crianças confeitam o bolo e enrolam os brigadeiros para os parabéns - imagina a farra!)... bem... ok... passei no caixa e peguei correndo o envelope das fotos (sem abrir...claro!) e parti fumegando (como o trenzinho Thomas) para a consulta médica.

A entrada do prédio do consultório é daquele tipo que você pega um cartão para passar na catacra e na volta, tem que depositar o cartão dentro da catraca para liberar a saída. E claaaaro que a médica atrasou e, consequentemente (pra variar), tive que sair do consultório correndo como uma louca... e aí peguei o primeiro cartão que estava na bolsa e joguei na catacra... passou... fui...
Trânsito de lascar e eu cheguei atrasada no trabalho (e com trabalho até a tampa pra fazer... )

E foi aí que todo o drama começou:

Quando peguei meu crachá na bolsa, veio junto (imaginem!) o cartão de entrada do prédio do consultório. Ãh?! Como assim? Num segundo eu raciocinei: Peraí... mas eu saí... o que quer dizer que............. JOGUEI O CARTÃO ERRADO NA CATACRA! Putz.....
Liguei pra secretária da médica e ela correu atrás com a portaria e... foi o meu cartão do plano de saúde e estava lá na portaria esperando eu ir destrocar...  ok, saindo do trabalho passo lá e destroco rapidinho, pensei! Pelo menos não foi o cartão do banco ou um cartão de crédito.

E eis que fui tirar o óculos da bolsa pra começar a labuta e me deparei com o envelope das fotos... pensei em abrir pra ver como ficaram (talvez por um sussurro do meu anjo da guarda) e ..... CACETA! A MULHER REVELOU AS FOTOS DA PASTA ERRADA DO PENDRIVE! Poutz!  Respirei fundo... e pensei... tá... tudo bem! Saio uns 10 minutinhos antes e passo no supermercado pra revelar as fotos certas depois de destrocar os cartões.

E assim foi... só que obviamente não consegui sair 10 minutinhos antes, mas me satisfiz em sair pelo menos 5... Trânsito de lascar, passei correndo no consultório, destroquei os cartões e parei no supermercado. Enquanto selecionava a pasta CERTA para revelar... lembrei que não tinha comprado a vela. Lá no supermercado tem uma lojinha de artigos de festas infantis.. Paguei as fotos e fui na tal lojinha comprar a vela. Saí de novo fumegando para buscar Pissuca na escola (preciso dizer que já estava atrasada?), quando, no caminho senti falta de uma coisinha de nada: AS FOTOS. PQP... ESQUECI O ENVELOPE COM AS FOTOS (CERTAS) NA LOJA QUE COMPREI A VELA. POUTZ!!!

Não dava mais pra voltar... senão ia encontrar Pissuca pendurada num saquinho na porta da Escola... então respirei fundo novamente, contei até 10 e pensei: ok... ok... pego a Julia e volto direto no supermercado pra reaver o envelope na lojinha (com certeza eles guardaram, pensei-rezei!)
Chegando lá, se eu já não estivesse esgotada o suficiente, ainda tive que travar uma luta (desigual, eu diria) com Pissuca pra ela entrar na loja, tudo porque tinha um papai noel gigante dançando com os braços pra cima e pra baixo aquela músicaa irritante de natal... vencida a luta, peguei o envelope e fui pro carro... rumo à minha tão querida, calma e aconchegante casinha!

Mas calma... ainda não acabou! (sim... juro... realmente ainda não acabou.... acreditem!)

Chegando em casa arrumei a mochila de Pissuca para o dia seguinte, separei o que iria levar pro aniversário dela na escola e daí fui separar as folhas e fotos pra montar a Linha da Vida (quando ela fosse dormir)... e daí... foi quando... senti falta de mais uma coisa (siiim minha gente, ainda havia mais coisas a sentir falta, eu não havia esquecido de coisas suficientes para um dia só): PQP, MIL VEZES PQP, CADÊ O MALDITO PENDRIVE?! DEIXEI A P$%#@ DO PENDRIVE NO SUPERMERCADO. POOOOUUUUTZ !!!!!!!!!
Dá pra acreditar? E eu não podia simplesmente esquecer também que aquele pendrive existia e deixá-lo por lá mesmo? Infelizmente não... ele estava cheio de documentos de trabalho, informações de contratos de clientes, projetos e tudo o mais... tentei ligar mas é lógico que ninguém atendia o telefone na B%$#@&*% daquele supermercado... Respirei fundo de novo, não contei P%#*@ nenhuma e sim xinguei todos os palavrões que eu conheço e mais alguns que eu inventei na hora (bem baixinho pra Pissuca não ouvir...).
Foi então que vesti minha feição de mãe mais serena possível e disse "Pissuca, vamos passear com a mamãe de novo?" Juro que ela me olhou com aquela pergunta no olhar: "agora?", mas pegou a sandália dela (que já tinha descalçado) e me trouxe, tadinha, sem nenhuma animação.
Lá fui eu, não mais fumegando, mas sim bufando pro supermercado DE NOVO.
No caminho ainda ouvi de Pissuca "mamãe... tá de noite...tá na hora de mimi" e no meu íntimo desesperado, eu pensava... "Ai como eu queria..."


Enfim peguei o pendrive (pelo menos ele ainda estava lá), chegando em casa Julia foi direto dormir e aí eu fui montar a linha da vida dela... e sabe que todas as lembranças boas apagaram todo o stress do dia...

Alguém pode se perguntar: mas e o marido? Eu respondo: viajando! Lógico! Coisas desse tipo (e outras mais) só acontecem quando ele está fora!

Preciso, preciso, preciso de féeeerias....! Acho que estou surtando!!!!

22 de novembro de 2011

O fio de cabelo branco de nº76

Voltando à ativa no blog... com um post que estou há meses querendo escrever... mais um daqueles dilemas de mãe "písica" e que, acabada a festinha de 3 anos de Pissuca... surgiu com toda a força diante de meus olhos (e isso não é forma de expressão).
A questão da vez é:

Já há um tempo ando meio "incomodada" (humm.. talvez não seja essa a palavra... mas não achei outra) com a quantidade de brinquedos que Pissuca tem. Antes dela nascer (mais uma das convicções de mãe antes de ser mãe), eu dizia que ia controlar a risca esse negócio de ganhar muitos presentes (e o marido era - e ainda tenta ser - até mais rígido nesse ponto), mas com as avós surtadas (as duas) de Pissuca não deu pra controlar....

Daí chega fim de ano: começando em outubro com o dia das crianças; novembro com o aniversário dela e dezembro com o natal... e a coisa fica totalmente fora de controle (porque soma-se os presentes das avós, com os dos amigos, os nosso também e etc etc etc).
Resultado: mil brinquedos... um milhão de brinquedos... todos amontoados... e uma dúvida na cabeça da mãe (o fio de cabelo branco de nº76): " tá... tá bom... brincar é muito bom... bom demais... e criança é pra brincar mesmo. E brinquedos são excelentes para estimular o desenvolvimento (principalmente os atuais, que a criança com 3 anos já tá aprendendo a trocar as fraldas para quando tiver os filhos aos 33), mas o quanto isso pode ser prejudicial (se é que pode)? Ou ainda... qual é o limiar do exagero? Ou será que eu mesma não estou exagerando (é preciso mesmo responder essa pergunta?! hehehe "A Exagerada" por excelência!) ?"

Enfim... o fato é que não quero que ela cresça achando que pode ter tudo... nem que queira tudo o que vir incondicionalmente...
Já me preocupou quando logo que fez 2 anos ela começou a pedir "compra mamãe?!"... como assim? compra? aos 2 anos????
Também devo confessar que, como já citei lá em cima, eu realmente acho os brinquedos de hoje espetaculares no quesito estímulo... tipo olhar e pensar: "caracas.. queria que existisse isso na época que eu era criança, eu ia amar!".. e sinceramente não quero limitar minha filha de aproveitar isso, já que ela tem muita sorte de ter tantas pessoas queridas que gostam de presenteá-la sempre com presentes tão legais... E eu... vai... tenho que dizer que algumas vezes não resisto a tentação também!

Daí ... prestando atenção... vi que os estímulos vêm de todas as partes e é fato que esta é uma realidade sobre a qual eu não tenho controle e que ela terá que conviver por toda a vida dela, hoje com brinquedos, amanhã com roupas e  por aí vai-se (olhando pra mim mesma, até eu ando precisando de um certo controle)... então o que fazer para ensiná-la a manter-se equilibrada com relação a todos esses estímulos, considerando as suas possibilidades e a realidade da vida como um todo e não dela num mundo perfeito onde pode ter tudo o que pedir e até o que não pedir?

No ano passado adotei a opção de guardar alguns brinquedos que ganhou no aniversário para ir liberando aos poucos ao longo do ano. Mas aí,  veja só a contradição (que só percebi agora)... lá esteve ela ganhando presentes o ano todo ininterruptamente. E ainda houve casos em que quase perdi o tempo do brinquedo (tipo... se eu demorasse mais um pouco o brinquedo já seria muito bobo para ela brincar)... Ou seja, acho que não foi uma boa, considerando o dilema em questão.

Mas eis que, ao longo desse ano, cheguei a separar alguns brinquedos que ela já não brincava mais para doação (como já fazia com nossas roupas e com as roupinhas dela, principalmente nessa época do Natal) e agora, pensando mais detalhadamente no assunto, vejo que este pode ser um bom caminho para tratar esse dilema...

Quando fiz isso, ela era muito bebê e não entendia, então não a envolvi (simplesmente separei e doei).. mas acho que agora, já posso começar, aos poucos, a envolvê-la no processo. Dessa forma, penso que, conforme ela for amadurecendo, irá percebendo também o valor de todos esses presentes que ela ganha... não digo o valor monetário, mas o valor do significado dela ter o previlégio de ganhar tantos presentes enquanto existem crianças que não os tem. Acredito que, quem sabe, dessa forma,  ela entenda alguns aspectos importantes para ser uma pessoa mais centrada e do bem : que ela não pode ter tudo que quer; que ela deve dar valor ao que tem; que ela deve ser solidária doando aos mais necessitados.

Não tenho a ilusão que, logo de cara, ela entenda todas essas reflexões e que doe de bom grado seus brinquedos, principalmente os que ela brincou mais... mas confio que o hábito e conversas a respeito derivem, com o tempo, nesses conceitos valiosos e no valor desse gesto para as outras pessoas. E como, definitivamente, eu não controlo os brinquedos dela... deixo ela livre para brincar.. não fico preocupada se vai estragar, se vai sujar.... deixo ela aproveitá-los até a última peça (a sorte é que ela é até bem cuidadosa), tenho a esperança que a doação pode não ser tão doída pra ela já que ela pôde aproveitá-los bem!

Mas também não pretendo forçar a barra assim logo de início não. Tenho tocado nesse assunto algumas vezes com ela e, quando for separar os brinquedos, (para doação agora no Natal) vou chamá-la para participar ajudando a escolher e a separar e explicando o porquê estamos fazendo aquilo... mas de uma forma bem leve... sem pressão pois não quero que esse seja um momento sofrido e doloroso pra ela... quero que ela, com o tempo, faça isso com prazer e entendendo os motivos e a importância do que está fazendo. 
Então... vamos ver como ela vai reagir nesse primeiro momento e aí vou ver como vou conduzir ... se eu ver que está sendo muito problemático, acho que não vou insistir por hora... ela só tem 3 aninhos... talvez não seja o momento... mas daí saberei como agir da próxima vez e da próxima e da próxima... tenho ciência que deverá ser um aprendizado evolutivo para ela... mas acredito que talvez seja a hora de começar de alguma forma...

E de quebra... vá lá... vou dar uma faxinada na casa pois tá demais esse negócio de sentar em brinquedo, tropeçar em outro...
 
Volto pra contar como foi a experiência. 
 
 
 
 
 

8 de novembro de 2011

.... exausta!




Vim rapidinho pra me desculpar pelo abandono do blog e justificar blá blá blá... pára!... minto!... vim  dar uma desabafada básica mesmo!

Não é novidade pra ninguém que meu fim de ano é sempre louco demais... mil compromissos, mil afazeres (minha lista de "to do's" - que já é considerável -  simplesmente triplica nessa época), sem contar o período do meu inferno astral que não se atrasa, ao contrário, se antecipa todo fim de ano começando a se manifestar uns 3 meses antes.

Resumindo: aniversário de Pissuca (que eu planejo, decoro e executo), eventos de fim de ano (com todas as tradições já comentadas aqui, incluindo montagem de árvore de natal e programação de viagem para passar o Natal com a família e também os eventos profissionais típicos de finais de ano), inferno astral....
Resultado: cansaço... exaustão... limite da condição física e mental e tempo algum para postar (mas prometo que ano que vem já vou deixar vários posts agendados no blogger para evitar esse vergonhoso desaparecimento).

Nesse momento estou na boca do aniversário de Pissuca e 100% dedicada, então... por hora, só o que tá dando é pra vir aqui despejar minhas lamentações de cansaço em vocês e prometer não mais fazer isso.

Daqui a alguns dias, prometo fazer um post beeem detalhadinho (cheio de fotinhas), do "making of" do aniversário de Pissuca... para as mamães que gostam de pôr a mão na massa e fazer do seu próprio jeito, ok? Agora foi o que deu, já que consegui esse fiozinho de ânimo pra vir aqui dar as caras, por conta de um fim de semana simplesmente maravilhoso.

Mas enfim... a quem me lê peço desculpas novamente pelo sumiço e reafirmo: tô viva (ou mais ou menos) e o blog não está finado... ok?!
Volto já já...


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