8 de fevereiro de 2012

Reflexões de ano novo (e anos velhos)



Esse é o meu post dos clássicos "Minhas resoluções para o ano novo"...

Tá... tá bom... ok... já estamos em fevereiro... mas... aproveitando a máxima de que o ano só começa mesmo depois do carnaval...  acho que ainda dá tempo.

Já vou alertá-los (para fugirem mudarem de site enquanto há tempo) que a idéia aqui é, além de abordar as já citadas resoluções para o ano novo, também fazer um inventário do ano velho e ainda mandar ver numa retrospectiva de anos anteriores no maior estilo nostalgia e desabafos. Ou seja, esse será mais um daqueles posts-testamentos loooongos até a curva do infinito...

Peço também a liberdade de fugir ao tema maternidade... ou não.. porque nos últimos anos, ser mãe é estado absolutamente indissociável da minha existência (e nem poderia ser diferente).

E já que a conversa promete ser longa, vamos começar.

A verdade é que este post é mais um momento de usar o blog para despejar os sentimentos como mais uma das faxinas de ano novo que todo mundo gosta de fazer (eu, inclusive... e precisava dizer?! hehehe).

Nas minhas épocas de agenda (sim... eu tive agendas, daquelas com bocas de jacaré que, de tão enooormes e cheias de colagens nem fechavam; aliás eu escrevia tanto - vejam que nada mudou! - que não dava na página da agenda, daí eu continuava em papéis avulsos e colava)... mas enfim... era a primeira página, o dia 01, onde eu escrevia tudo que eu estava sentindo com relação ao ano anterior e tudo que eu desejava para o ano que estava começando... 
Meus desejos eram relacionados a ir bem nas provas, ficar bem com o namorado e a paz mundial.

Mais tarde, por muitos anos eu usei o palm (na verdade - pasmem!- eu ainda tenho) e aí as tais resoluções de uma página se transformaram num arquivo de anotações, com itens a serem alcançados, chamado METAS DO ANO e já contemplavam outras questões como viagens, emprego, aprimoramento profissional, casamento, casa nova.

Enfim, há uns anos, mais precisamente 3, essas METAS cresceram... Minto: na verdade eu nem planejei meta nenhuma há 3 anos atrás. Com o nascimento de Pissuca eu fiquei em absoluta falta de órbita... eu ia vivendo, resolvendo e fazendo tudo conforme as coisas se apresentavam em minha vida.

E daí confesso que esse é o primeiro ano pós-Pissuca que consigo fazer planos para minha vida. Então, agora, na minha Era Blog, cá estou como na primeira página das minhas antigas agendas.

Para começo tenho que confessar: estou precisando ... precisando de um rumo... durante esses 3 anos eu tive momentos de retomada da vida em aspectos específicos (como no trabalho por exemplo) e recentemente, aos poucos, comecei a resgatar pequenos prazeres (assunto para outro post), mas até aí era retomar, resgatar, tipo, "tá, me perdi, então vamos voltar ao último ponto de referência do caminho". Mas nada efetivamente que representasse alguma evolução de mim mesma, a não ser no aspecto emocional da coisa, pois a maternidade de fato te dá um upgrade nesse sentido: você começa a valorizar aquilo que realmente tem valor e a se preocupar com o que realmente é digno de preocupação e passa a entender o real significado da palavra amor.
Com certeza, o upgrade desse chip específico mudou algumas das minhas atitudes nesses últimos anos e certamente terá influência nos meus planos daqui para toda a vida.

Na verdade posso dizer que a maternidade me trouxe coisas boas e ruins (sim sim... trouxe sim coisas ruins, desculpa aê a quem a maternidade só trouxe maravilhas para a vida). Das coisas boas, o upgrade emocional já citado, é sem dúvida o maior ganho... E das coisas ruins, pra mim, posso dizer que foi uma confusão emocional, as quais já discorri em vários posts nesse blog... ao mesmo tempo daquela felicidade infinita vinha uma tristeza profunda....

Daí que no início do ano passado (Pissuca com 2 anos) vi que precisava de ajuda e comecei uma terapia. Não foi resolução de ano novo nem nada, mas puro desespero de causa. E olha que eu nunca acreditei muito nesse lance de terapia (ficava pensando como uma pessoa que não te conhece e não sabe nada de você da tua vida poderia te ajudar nos assuntos mais íntimos), mas 1 ano depois, digo que foi muito bom. Com a terapia pude ter a opinião de alguém que meus sentimentos não eram maluquice nem frescuras, então... (quem diria...) recomendo a quem estiver passando por algum tipo de conflito interno. No ruim, no ruim, é alguém que te ouve.

A terapia foi o primeiro passo e me ajudou a fazer uma faxina na minha vida... o que eu chamei de "5S na vida". Isso mesmo, um 5S (para conhecer a técnica Organizacional, clique aqui). Fiz uma faxina em tudo, etiquetei tudo e coloquei tudo (e todos) em seus devidos lugares.

Identifiquei 2 grandes ganhos:

O primeiro foi conseguir verificar o quê (e quem) não me faziam bem e eliminá-los, ou melhor, afastá-los evitando que me fizessem algum mal, que me deixassem pra baixo (voluntaria ou involuntariamente).

O segundo foi, ao colocar tudo em seus lugares, perceber que EU estava sem lugar e, pior, que já fazia anos que eu tinha me perdido, anulado, esquecida no fundo de uma gaveta toda bagunçada. E aí, imediatamente um número reluziu diante dos meus olhos... ofuscante... como uma placa em verde neon piscando e crescendo crescendo a cada piscada: o número 30. 
E pior... antes do número, entre parênteses, um símbolo cruel: +

Já era hora minha gente de fazer alguma coisa... e aí que, enfim... o ano novo chega; e é engraçado como essa sensação de renovação em todo início de ano nos acomete com toda a força, como se as supestições de iniciar o ano com a casa toda arrumada, organizada e sem nada quebrado ou sem utilidade, pudesse, de alguma forma mudar o rumo das coisas.

E como euzinha aqui tô querendo e precisando desse rumo, se bem não fizer, mal não fará, então, nos últimos dias de férias... sim: eu arrumei, organizei toda a casa, concertei o que estava quebrado e joguei fora o que não consegui concertar, doei o que estava em excesso (isso na verdade a gente sempre teve o hábito de fazer nos fins de ano). 

  • Dispensa - ok (nada de sacos de comida vencida)
  • Brinquedos de Pissuca - ok ( vários brinquedos para doar e, como planejado, Pissuca até participou, mas conto isso também depois)
  • Closet e armários de roupa de todo mundo - ok (bijous quebradas concertadas ou pro lixo e mais doações: roupas e sapatos antigos, que não servem mais e etc)
  • Remédios - ok (vixe quantos remédios vencidos eu achei na caixa de remédios... aff)
  • Escritório - ok (livros para doar, papelada inútil no lixo e uma estante novinha em folha, além de contas pagas do ano organizadas e até a documentação pro imposto de renda separada - Inédito minha gente... sem correria na última semana) 
  • Scrapcanto - ok (já tava mais ou menos organizado, mas deu para dar mais uma caprichada)

De fato, a faxina física, aliada à faxina emocional que comecei no início do ano passado (com a terapia e o 5S na vida), realmente me deram a sensação de começar o ano com tudo zerado. Como uma segunda chance para recomeçar e quem sabe fazer diferente, ser diferente.

E... com tudo faxinado externa e internamente, decidi que esse ano eu terei uma e apenas uma única meta: EU, cuidar de MIM para o MEU bem estar físico e mental (podem me chamar de egoísta... )



Então...  minha lista de resoluções de ano novo, esse ano, não terá metas e sim projetos (ó aí meu sangue "gerente de projetos" aflorando de novo), que eu estou planejando um a um para alcançar essa única metazinha.

Ainda está em construção (e crescendo ... crescendo..) e tem também alguns projetos profissionais que não valem citar aqui, mas, para quem também tem essa resolução de ano novo, vão aí algumas das minhas para começar a pensar (embora... claro que algumas são aquelas típicas de todas nós): 

  • - Tratamento Estético: não só para emagrecer, mas principalmente, para me sentir bem ( + tudo que vem junto: massagens relaxantes, momentos de fazer nada, voltar a passar os meus creminhos etc etc etc)
  • - Reeducação Alimentar: aprender a comer direito, já tentei várias vezes mas nunca consegui  (e não vou ser hipócrita de dizer que vou deixar de comer doces, pizzas e tudo que amo... mas meu objetivo é diminuir e aprender a me controlar)
  • - Academia : claro, essa aqui é item obrigatório de qualquer listinha de ano novo. 
  • - Saúde: todos os anteriores contribuem para este, mas... além disso quero ser mais rígida com o acompanhamento da minha tireóide... fazer exames mais periódicamente
  • - Alimentar a alma: quero muito me dedicar mais ao meu lado espiritual esse ano.
  • - Alimentar minha mente: desde o ano passado eu entrei numa fase bookaholic sinistra, lendo 3... 4 livros ao mesmo tempo, mas a maioria o tema é, adivinha? maternidade, claro... o que quero esse ano é dar uma diversificada. 
  • - Diversão: ah quero muuuuito me distrair mais... fazer mais as coisas que gosto como, por exemplo, sair mais (com família ou sozinha que seja), fazer mais scrap, enfim... desopilar mais a cabeça. 
Bom... e é isso gente que me lê... agora é partir... partir para ser feliz! 
Ano que vem a gente vê no que deu!


(*) imagens do Google Images (não achei a autoria)



O melhor é que ela tem consciência!

Daí que mamãe e papai iam sair pra um programinha a dois (aproveitando o último fim de semana da vovó em casa, antes dela voltar para a terrinha) e mamãe aqui foi explicar para Pissuca que mamãe e papai iam sair e voltar tarde, por isso ela ia ficar e dormir com a vovó.

- "Mamãe.... eu não gosto quando você sai com o papai e me deixa sozinha com a vovó"
- "Mas por que, meu amor?"
- "Ah mamãe... tadinha!"

Pensei cá comigo: vai se  fazer de coitadinha, a maleta.

- "Humpft. Tadinha de quem, menina?"
- "Da vovó"

(ic!)

Tive que concordar!

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